Em entrevista ao Estúdio Boa Vista, nesta quarta-feira, 23, o presidente da IMED, Eduardo Capellari, e o diretor da instituição, Patrick Zick, falaram sobre a fase de estruturação do campus de Erechim que está tomando forma e destacaram aspectos que fizeram com que o município fosse contemplado no projeto de expansão da faculdade.
A IMED é uma instituição de Ensino Superior que nasceu em Passo Fundo e há 18 anos vem tecendo relações e contribuindo para a formação acadêmica de milhares de pessoas, inclusive ao longo da sua história já formou 500 estudantes de Erechim que se deslocam até Passo Fundo em busca da tão sonhada graduação. Hoje conta com uma equipe de 500 professores e funcionários, 5.200 estudantes matriculados, sendo destes, 1.300 no campus de Porto Alegre e os demais em Passo Fundo. Está organizada em cinco áreas do conhecimento contando com: Escola de Direito; Escola de Saúde; Escola de Ciências Agrárias; uma Escola Politécnica; uma Escola de Negócios. Conta também com seis programas de mestrado e um doutorado na área de odontologia. Sendo referência na área da saúde.
Segundo Capellari, ao longo desses 18 anos sempre buscaram por um ensino de excelência, disputando as melhores notas nas avaliações do Ministério da Educação e caminham a passos largos como instituição para se transformar em Universidade nos próximos dois anos.
Em 2017, deram início com o projeto de expansão, no qual, o primeiro passo foi a abertura de um Campus em Porto Alegre oferecendo seis cursos. A partir da experiência com o Campus da Capital, definiram um plano de expansão para nove cidades do estado: Erechim, Ijuí, Santa Maria, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo e Caxias do Sul. E Erechim por ser a cidade mais próxima é o primeiro passo que estão dando em um processo de credenciamento em uma nova Faculdade, pois a abertura de uma instituição de ensino demanda de um processo formal com o Ministério da Educação, protocolando e solicitando o projeto de credenciamento. Esse processo já foi protocolado em abril de 2021, e tem um período de dois anos até a sua aprovação.
Ao longo de 2022, mais tardar em 2023, teremos a autorização para funcionamento na cidade. Já existe uma equipe trabalhando até que o processo tome forma e já iniciamos relações na cidade em virtude da forma de trabalho que a IMED pretende implantar em Erechim, complementa o presidente Eduardo.
Com foco no empreendedorismo e inovação e com objetivo de se aproximar com o meio empresarial, a IMED participa em Porto Alegre do Instituto Caldeira que é uma aliança de 42 duas empresas focadas na inovação e no empreendedorismo. Em Passo Fundo é umas das 9 empresas que participam da Aliança Empresarial Norte RS. E em Erechim, “estamos em tratativas com a prefeitura e empresários locais para contribuir com uma caminhada de uma cidade que é extremamente empreendedora”, afirma Eduardo.
De acordo com Capellari, a escolha por Erechim tem relação com dois aspectos: a relação do Ensino Superior com a demografia, “pois nos próximos, mas específico, nas próximas duas décadas haverá uma redução de jovens em idade universitária de 18 a 24 anos. E isso já está acontecendo, pois em 18 anos em um raio de 75 quilômetros de Passo Fundo se formavam 15 mil alunos no Ensino Médio, nós vamos formar 9 mil alunos, ou seja, as famílias têm menos filhos, menos gente frequentando as escolas, menos gente frequentando o Ensino Superior”. Sendo assim, a estratégia da IMED é contemplar Erechim por ser um grande polo e abranger várias cidades do Alto Uruguai. E o segundo aspecto tem a ver com dinâmica econômica, pois Erechim tem em seu DNA o empreendedorismo desde muito cedo, além de ser uma cidade industrializada com relevância econômica e estar expandindo com um grande número de empresas tecnológicas oferecendo muitas vagas de emprego nesta área, por exemplo, segundo a pesquisa que a IMED realizou, há 30 vagas de emprego e não há pessoas formadas em TI para preencher essas vagas, o que mostra que o jovem de Erechim não precisa mais se deslocar para cidades maiores em busca de boas ofertas de trabalho, pois a cidade já contempla e necessita de profissionais nesta área. Por isso, a formação de recursos humanos precisa estar focada em formar pessoas protagonistas e a IMED incentiva que seus acadêmicos montem e abram suas empresas, pois a formação acadêmica precisa estar alinhada com as necessidades do mercado de trabalho.
*Por Aline Koproski