Otimismo em meio à reconstrução do Ypiranga
A repercussão em torno da eleição do Ypiranga que conduziu Adilson Stankiewicz a presidência do clube, tem sido positiva. Parece que estou vendo um filme parecido com o de 2013, quando Osvaldino Fuzzinato e Célio Fahl, com respaldo interno e externo, conseguiram mobilizar a comunidade em torno do clube. O momento agora é de reconstrução do Ypiranga. Aliás, reconstruir um clube de futebol não é tarefa fácil, mas será preciso recomeçar e recolocar o Canarinho nos trilhos. O Ypiranga é um dos maiores patrimônios que Erechim e o Alto Uruguai possuem, precisamos abraçar e dar carinho ao clube neste momento de dificuldade. As vaidades e interesses precisam ser deixados de lado para que possamos crescer juntos.
Não tenho dúvida de que o pensamento do presidente Adilson é esse, mas com a poeira baixando e os diretores sendo divulgados, vai começar a ciumeira de quem não teve seu nome lembrado pelo presidente. Não deveria ser assim, mas as instituições lidam com pessoas cheias de ego. Stankiewicz precisará ter habilidade para transformar este momento de entusiasmo da comunidade e, comprometer as pessoas em ajudar o clube.
As manifestações de apoio são importantes, mas é preciso pegar junto e fazer acontecer. Algumas figuras com respaldo na comunidade local estarão ao lado do novo presidente para lhe dar apoio e suporte na hora de promover as mudanças.
Planejamento
O primeiro objetivo da atual direção do Ypiranga é recolocar o Canarinho na elite do futebol gaúcho e manter-se na Série C em 2018. No planejamento, a Série B do campeonato brasileiro ficaria para 2019 ou 2020. Na última semana, em entrevista ao colega Tiago Ávila, Stankiewicz fez uma analogia ao planejamento feito pelo diretor do Instituto Anglicano Barão do Rio Branco, Valério Schillo. As primeiras entrevistas do novo presidente têm deixado claro que: é preciso planejar e ter os pés no chão.
Eleição
Os torcedores do Ypiranga que corriqueiramente reclamam que são sempre os mesmos que fazem parte da direção e conselho, que se associem ao clube e comecem sua mobilização para eleger uma chapa no conselho deliberativo. Não adianta ficar reivindicando nas redes sociais e não ser sócio. Um clube de futebol é como um partido político, precisa de mobilização dos associados para poder buscar mais espaço.
Sócio Canarinho
Um dos maiores projetos da gestão Osvaldino Fuzzinatto, o Sócio Canarinho, que fazia parte do movimento por um futebol melhor, ficou a desejar na gestão do presidente Luís Felipe de Marchi (Tobata). Quando firmada a parceria com a Rede Master de Supermercados, a maioria dos novos sócios foram seduzidos pelos benefícios dos produtos com descontos. No auge da promoção, o clube chegou a ter R$ 60 mil em receitas somente do quadro social.
Por Fabio Lazzarotto/ JBV Online