Três grandes “indústrias” chamadas universidades

Muitos erechinenses não se dão conta sobre a importância dos três campi universitários de Erechim, URI (Universidade Regional Integrada), UFFS (Universidade Federal Fronteira Sul) e IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul), na questão da geração de emprego e renda para nossa cidade. As instituições geram mais de mil empregos e atendem um total de 7.320 alunos, com um orçamento anual próximo de R$ 105 milhões. As três juntas têm o segundo maior orçamento do município, ficando atrás apenas da prefeitura municipal. Sem contar que a média salarial dos trabalhadores em educação das instituições é de três a quatro vezes maior do que o de uma empresa da iniciativa privada, por conta da qualificação dos seus profissionais.

A URI gera atualmente um total de 710 postos de trabalho, alguns terceirizados, e tem um 4.270 alunos de Erechim, da região norte do Estado e de Santa Catarina. É ela que conta com o maior orçamento das três universidades, chegando a aproximadamente R$ 77 milhões. Com a chegada do curso de medicina o orçamento e o número de funcionários, bem como o de alunos, deve subir, junto com a renda média dos novos trabalhadores, que também deve aumentar.

Já a UFFS tem orçamento anual de R$ 18 milhões e gera aproximadamente 240 postos de trabalho. A Universidade Federal é a que mais atrai alunos de outros Estados do Brasil, e hoje atende mais de 1800 estudantes. Sem contar que a grande maioria dos seus professores são doutores, vindos de várias regiões do país.

No IFRS, que atua em sua maioria com cursos técnicos em diferentes áreas, estudam aproximadamente 1.250 alunos, sendo boa parte deles aqui da região. Já nos cursos superiores, recebe alunos de vários pontos do Brasil. Hoje o IFRS gera 110 postos de trabalhos e tem um orçamento, entre investimento e folha de pagamento, de cerca de R$ 10 milhões.

Cadê a duplicação?

Durante o governo Tarso Genro chegou a ser anunciado que a EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) iria iniciar a duplicação da ERS 135, que liga o centro de Erechim até Universidade Federal, porém, já se passaram dois anos do governo Tarso e quatro do Sartori, e até hoje não houve nenhum movimento por parte da empresa que cobra o pedágio da rodovia, sendo que estas mudanças já estavam programadas antes da inauguração do Campus UFFS. O governador Tarso conseguiu criar mais um dos elefantes brancos existentes dentro do governo, que é esta empresa chamada EGR e que não está contribuindo em nada para a melhoria desta rodovia pedagiada. Aliás, se a Universidade Federal estivesse situada próximo ao município de Coxilha, com certeza a ERS 135 já estaria duplicada até Passo Fundo. Afinal, aparentemente, quem manda e desmanda nos recursos do pedágio são lideranças de Passo Fundo, é só olhar o histórico dos investimentos com o dinheiro do pedágio. Inclusive conseguiram tirar recursos do pedágio para fazer um anel que liga a BR 285 a ERS 324, entre Lagoa Vermelha e Marau, para tirar o movimento no centro de Passo Fundo.

Enquanto isso, a população de Erechim e de outras cidades que pagam o pedágio para melhorias na ERS 135 acaba atendendo interesses de lideranças políticas de Passo Fundo e nossos estudantes e professores da UFFS continuam diariamente convivendo com um trânsito intenso e correndo risco de acidentes.

P0r Egidio Lazzarotto

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