Ao longo do mês de abril, os acadêmicos das turmas 2016, Bacharelado e Licenciatura, dos Cursos de Educação Física da URI Erechim, coletaram dados referentes à prática de atividade física e sedentarismo com a população de Erechim. O levantamento se concentrou, principalmente, no dia 06 de abril, na Avenida Maurício Cardoso, com o objetivo de comemorar o Dia Mundial da Atividade Física (06 de abril) e o Dia Mundial da Saúde (07 de abril). A tarefa foi dentro da disciplina de Atividade Física e Saúde I, ministrada pela Professora Adriane Carla Vanni.
Foram entrevistadas 974 pessoas com idades entre 12 e 94 anos, sendo 548 do sexo feminino e 426 do sexo masculino. Na mesma ocasião, os acadêmicos realizaram pintura de rosto e mãos para as crianças enquanto os seus responsáveis eram entrevistados e, ainda, distribuíram folders alertando sobre os perigos do sedentarismo.
Para a análise dos dados coletados levou-se em consideração alguns protocolos sugeridos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que definem como pessoa ativa todo indivíduo que pratica 150 minutos ou mais de atividade física por semana e considera sedentário o indivíduo que pratica menos do que isso.
Desta forma, pode-se afirmar que, das 974 pessoas entrevistadas, 388 são ativas, sendo 179 do sexo feminino (46%) e 209 do sexo masculino (54%). Estas mesmas pessoas praticam, em média, 302 minutos de atividade física semanalmente. Em contrapartida, 586 são sedentários, sendo 369 (63%) do sexo feminino e 217 (37%) do sexo masculino.
Destes 586 sedentários, 387 (66%), ou seja, a maioria, dizem não praticar nenhuma atividade física e outros 199 (34%) praticam menos de 150 minutos por semana. Destas 387 pessoas que não praticam nenhuma atividade física, 242 (62%) relatou ser por falta de tempo; 79 (20,4%) por preguiça; 40 (10,4%) por outros motivos; e 26 (6,7%) por apresentar algum tipo de lesão.
A coleta destes dados teve por intuito fornecer uma noção de quantificação de indivíduos ativos e sedentários residentes em Erechim como, também, orientar e alertar sobre os riscos que o sedentarismo traz, pois aumenta a chance de desenvolvimento de doenças crônicas. A própria OMS afirma que o sedentarismo é o quarto fator de risco para a mortalidade.
Como exemplo de doenças de grande impacto na mortalidade pode-se citar a hipertensão arterial, que pode ser adquirida também por má alimentação e/ou consumo excessivo de álcool, além da obesidade, do diabetes, cardiopatias, entre outras.
Infelizmente, diz a professora Adriana, a coleta de dados feita pelos acadêmicos da URI mostra um grande número de indivíduos sedentários, quando comparados aos ativos e, ainda, que as pessoas do sexo feminino são menos ativas que as do sexo masculino. Deve-se ressaltar que, dentro de uma comunidade, quanto mais as pessoas forem ativas, menos ficarão doentes. Consequentemente, haverá menos gasto com a Saúde Pública e Geral dessa comunidade.
Por isso, ressalta a professora, os profissionais de Educação Física estão aptos a auxiliar no processo de diminuição do sedentarismo por meio de aulas individuais ou coletivas, aulas de Educação Física Escolar e projetos de Promoção à Saúde de instituições privadas e públicas. “O exercício físico orientado é sempre a melhor opção para sair do sedentarismo sem riscos”, conclui Adriana.