Impactos da nova onda da Covid e Influenza atingiram nove em cada dez indústrias no RS

Pesquisa da FIERGS mostra que afastamentos atingiram a produção

Praticamente nove em cada dez empresas gaúchas (87,2%) sofreram impactos da nova onda de Covid-19 e influenza no primeiro bimestre de 2022. Os principais problemas foram o aumento de custos e da incerteza, ambos assinalados por pouco mais da metade dos empresários: 52,0% e 51,6%, respectivamente. A queda da produção (48,1% das empresas) e o atraso nos prazos de entrega (46,6%) também foram consequências relevantes nas empresas. Apenas 12,8% das indústrias não sofreram impactos da nova onda da covid-19 e influenza nos primeiros dois meses do ano. Os resultados estão na Pesquisa Sondagem Industrial Especial – Impacto da nova onda da covid-19 e influenza, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e divulgada nesta segunda-feira (7).  “A Covid foi sentida na produção das indústrias, que tiveram que afastar trabalhadores, freando um aumento do desempenho, provocado também pelas incertezas”, relata o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. A pesquisa foi realizada de 1º a 10 de fevereiro e ouviu 187 indústrias (39 pequenas, 60 médias e 88 grandes).

Quase toda indústria gaúcha (96,1% das empresas) afastou funcionários em janeiro de 2022 devido ao aumento de casos (ou suspeita) de covid-19 e influenza. Em média, cada empresa afastou 9,3% do quadro de trabalhadores. Porém, houve um contingente relevante (27,4% das empresas) que dispensou mais de 10,0%.  O afastamento de parte do quadro funcional atingiu a produção de 60,1% das indústrias em janeiro de 2022. Apesar da maioria (52,5%) dessas ter registrado um recuo pequeno, um grande contingente de empresas reportou contrações moderadas (37,5% das empresas) e fortes (10,1%).

Em relação a fevereiro de 2022, 45,9% das empresas acreditam que o afastamento dos trabalhadores por conta da covid-19 e da influenza deve continuar impactando a produção. Quase dois terços dessas empresas (64,9%) projetam uma pequena queda. Pouco menos de um terço (32,5%) esperam uma contração moderada e 2,6%, uma intensa.

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