HC adota protocolo internacional para atender a pacientes com AVC

Agilidade no tratamento é fator decisivo para recuperação da pessoa que sofre um Acidente Vascular Cerebral

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, estatísticas brasileiras indicam que ele é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% do total).

Com o propósito de reduzir sequelas e salvar vidas a partir da padronização do atendimento a pacientes com indicativo de AVC, o Hospital de Caridade (HC) de Erechim está adotando protocolo reconhecido internacionalmente para atender a vítimas da doença.

O primeiro passo é a capacitação de todos os profissionais do hospital numa parceria com o Laboratório Boehringer Ingelheim, conforme explica a gerente assistencial do HC, Taís Neis. “Identificamos uma demanda de casos que é constante e preocupa, o que nos fez buscar soluções. Assim, no mês de junho, iniciaremos a capacitação das equipes o que permitirá, logo em seguida, a implantação dos novos processos”, observa Taís.

Conforme o neurocirurgião Rafael Badalotti – figura importante na implantação do protocolo, o AVC é uma doença tempo-dependente, ou seja, quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa.

“O projeto Engels, ao qual o HC aderiu para implantação do protocolo, visa preparar hospitais selecionados para que tenham a capacidade de atender de maneira padronizada seguindo critérios de excelência a fim de reverter o déficit e promover a recuperação funcional do paciente”, destaca. Segundo ele, do porteiro ao médico todos terão que estar aptos para prestar o mais célere atendimento possível – incluindo, neste processo, os familiares do paciente, aos quais caberia a identificação inicial.

“Quanto mais pessoas aptas e atentas aos sinais de alerta para reconhecimento de ocorrência de um AVC, mais chance de recuperação”, frisa Badalotti.

Entre os principais sinais, esclarece o neurocirurgião, estão: fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão (em um ou ambos os olhos); alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Em caso de reconhecimento destes sintomas, deve-se procurar imediatamente um hospital ou ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência-SAMU 192.

No Pronto Socorro, uma das principais portas de entrada para pacientes com AVC, a coordenadora do ambulatório do HC, Ediana Pedroso, reforça as palavras de Badalotti e destaca a importância da medida. “Nos casos de AVC, lutamos contra o tempo. Certamente o protocolo será um importante aliado na busca para um atendimento ainda mais qualificado”, completa.

            TIPOS

Os AVCs são classificados como hemorrágico ou isquêmico, sendo este último o mais frequente, representando cerca de 85% dos casos. Clinicamente, ambos são caracterizados pelo aparecimento súbito de deficits neurológicos característicos, de acordo com a região cerebral envolvida que, por sua vez, dependerá da circulação afetada.

PREVENÇÃO

As ações para a prevenção do Acidente Vascular Cerebral caracterizam-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção de hábitos saudáveis, a prevenção de agravos relacionados às doenças cardiovasculares, objetivando a proteção da saúde. A presença de fatores de risco para doenças vasculares deve sempre ser investigada (sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica o fator de risco mais importante para as lesões isquêmicas e hemorrágicas).

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