Com aval da Câmara de Vereadores, prefeito poderá indicar diretores de escolas municipais

A Câmara de Vereadores aprovou nesta segunda-feira, 16, o projeto que estabelece critérios e permite que o prefeito indique os diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos de escolas municipais em Erechim.

Professores e sindicalistas acompanharam a sessão dentro da câmara de vereadores, porém o número foi limitado devido aos protocolos da COVID-19. Durante questão de ordem o vereador Araújo lembrou de encontros realizados na Câmara de Vereadores durante a pandemia que lotaram as dependências do parlamento, que permaneceu fechado durante a sessão.

Durante a discussão do projeto, o vereador Araújo (PTB) criticou a forma como a oposição tem votado os projetos que são encaminhados pelo executivo e comparou a oposição atual a que era exercida no governo Schmidt.

O vereador Anaximandro Pezzin (Republicanos), que integra a base governista disse que não se sentia a vontade para votar contra a democracia. Ele lembrou a votação da PEC do voto impresso e afirmou que se há problemas no sistema eletivo dos diretores ele deve ser melhorado.

Anacleto Zanella afirmou que a democracia será atingida no coração com a aprovação do projeto. O vereador criticou a posição do governo que teria comunicado que os professores não poderiam comparecer ao plenário durante horário de expediente. Ele sugeriu que a lei orgânica, que prevê eleições diretas, fosse modificada antes da votação do tema e afirmou que a decisão não é jurídica, mas política. Anacleto foi categórico ao afirmar que o prefeito Paulo Polis não sabe fazer gestão nas escolas e afirmou que gestão se faz com diálogo e com democracia permanente.

O vereador André Jucoski (PDT) afirmou que a aprovação do projeto é o maior retrocesso da história do município e que o futuro irá cobrar esta ação. Jucoski disse que a educação é a base da sociedade e que quer preservar o direto da comunidade escolar de fazer a suas escolhas.

O líder do governo, vereador Fifo Parenti, usou a tribuna e disse que o chefe do poder executivo tem a prerrogativa de indicar os diretores de escolas. Quanto a possível proibição dos professores acompanhar a sessão, Fifo afirmou que o executivo apenas corrigiu a informação inverídica que circulava no WhatsApp de que o ponto dos professores seria abonado para que acompanhassem a discussão.

Votaram favoráveis ao projeto os vereadores Alessandro Dal Zotto, Jurandir Pezzenatto, Juares Bernardi, Wallace Soares, Fifo Parenti, Emerson Schelski, Serginho Alves Bento e Claudiomiro Pereira. Foram contrários Anacleto Zanella, Anaximandro Pezzin, Claudemir de Araújo, Andre Jucoski, Renan Soccol e Ângela Trierveiler. Se abstiveram de votar os vereadores Carlinhos Magrão e Nadir Barbosa.

A lei deve ser sancionada pelo prefeito Paulo Polis nos próximos dias.

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