Caso Rosemar: Família reitera ao CREMERS pedido de afastamento de médica e cobra explicações do HCC

No início desta semana a família de Rosemar Leal da Silva, voltou a encaminhar ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), a denúncia que pede o afastamento da médica responsável pelo caso, bem como a sua suspensão do exercício profissional, junto da Sindicância 086/2021.

A denúncia já havia sido feita tanto ao conselho, quanto ao departamento de ouvidoria do Hospital de Caridade de Carazinho  (HCC) em janeiro, no início da instauração do inquérito policial.  Nas últimas semanas, o inquérito policial instaurado na Delegacia de Polícia de Carazinho teve andamento, com a realização de diversas oitivas de testemunhas do caso.

A advogada da família, Dra. Juliani Pinzon Pontes explica que neste momento, ainda se está na fase de oitivas de testemunhas dos fatos ocorridos durante todo o período de internação da paciente no Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), para somente ao final ser ouvida a equipe médica que atendeu a Senhora Rosemar naquele período, na condição de interrogados. “A cada novo depoimento, mais detalhes vêm à tona, sobre a maneira desleixada e desumana com a qual a paciente fora tratada pela equipe médica que a atendeu, o que nos traz um imenso sentimento de indignação. Rosemar não apenas acabou falecendo, como isso ocorreu após horas, dias de sofrimento intenso. Algo que poderia ter sido evitado, caso as queixas da paciente tivessem sido validadas e avaliadas de maneira minimamente satisfatória pelos profissionais. Aguardamos a conclusão do inquérito e esperamos o indiciamento dos envolvidos.” diz Juliani.

O filho da vítima, Mateus Leal destaca a indignação da família com relação a forma de tratamento do Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), e do próprio conselho. “Com o avanço das investigações na Delegacia de Polícia é inaceitável acreditar que a doutora ainda continue clinicando. Mais inadmissível ainda é ver a conduta adotada pelo Hospital de Caridade de Carazinho (HCC), que desde o início se omitiu, acredito que na esperança de que o caso fosse esquecido e não levado à diante. Em nenhum dos contatos feitos à direção do HCC, nossa equipe de advogadas foi bem respondida e esclarecida, pelo contrário com respostas curtas e vazias o hospital nunca se posicionou e mostrou que estava analisando a situação com seriedade, o que se espera de uma entidade que trabalha em prol da vida. É difícil de acreditar que mesmo com toda a situação, a direção do hospital, se quer afastou a médica para investigar devidamente o caso. Infelizmente o sentimento que carregamos hoje em nossa família é que o hospital é tão culpado quanto a médica por tirar nossa mãe de nosso convívio tão precocemente” desabafa.

 

Sobre a atuação da médica, Leal diz que é inaceitável que novas famílias voltem a se machucar e por isso defende que a médica seja devidamente afastada de suas funções. “A forma debochada, desumana, imperita, negligente, imprudente pela qual a médica tratou minha mãe e nossa família, não pode e não deve voltar acontecer com outras famílias. Não podemos deixar que brinquem com medicina e machuquem pessoas e famílias, assim como fizeram com nós. Por isso, voltamos a reiterar que a médica responsável seja devidamente afastada até que todas as questões sejam esclarecidas, isso que se espera de instituições sérias e com compromisso com a verdade e a vida das pessoas” finaliza Mateus.

Nas redes sociais, a hashtag #justiçaporrose segue movimentando, sendo meio empregado pela família e amigos para que o caso não caia de forma alguma no esquecimento. A cada publicação, inúmeros são os comentários de pessoas da família, amigas de Rose, ou até mesmo desconhecidas que clamam por respostas e principalmente por justiça, para que casos como este não continuem acontecendo.

 

 

 

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