O Rio Grande do Sul deixará de contar com 1.057 leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 em março. A informação foi divulgada pelo governo do Estado, por meio da SES (Secretaria da Saúde) na noite desta quarta-feira (9), após a confirmação da suspensão do repasse de recursos do governo federal para a manutenção dos leitos.
“A reestruturação se dá a partir da desabilitação, por parte do Ministério da Saúde, de leitos que vinham recebendo recursos federais para atender exclusivamente pacientes com Covid-19”, diz o governo gaúcho.
Das unidades que foram abertas emergencialmente para dar conta da demanda crescente da pandemia, o Rio Grande do Sul manterá 315 leitos convertidos em leitos de UTI Geral, deixando de ser exclusivo Covid-19 e abrindo a possibilidade de receber pacientes com outras doenças.
O custeio deste tipo de leito é de responsabilidade do Ministério da Saúde. Apesar do encerramento de 1.057 leitos, o Estado continuará com 1.450 leitos de UTI Geral – sendo 202 pediátricos e o restante adulto, número suficiente para atender a demanda da população gaúcha, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. “Não teremos mais leitos com nome de Covid-19, mas os pacientes continuarão recebendo assistência. Os pacientes com Covid serão atendidos em leitos de UTI Geral. Eles precisam estar em uma área reservada, mas os hospitais já lidam com doenças que necessitam de isolamento desde antes da pandemia, como, por exemplo, H1N1”, disse a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Fagundes.
Os 315 leitos que se manterão como “legado da pandemia” foram definidos em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com representação do Estado e dos municípios.