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A incerteza da política brasileira para 2018

Falta pouco menos de um ano para as eleições de 2018 e o cenário político ainda é de muita incerteza quanto aos nomes que serão postos à mesa para representar a população nos diferentes poderes. A incerteza, até o momento, paira entre o discurso populista de Luis Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas eleitorais e principal nome da esquerda no Brasil, e a candidatura conservadora de extrema-direita, representada por Jair Bolsonaro, que ganha cada vez mais corpo.

Lula e Bolsonaro seriam hoje, segundo pesquisas, os nomes que estariam disputando o segundo turno das eleições presidenciais. E você, em quem votaria numa eventual disputa entre estes dois candidatos? Lula fez muito pelo país quando foi presidente, principalmente pelas classes menos favorecidas, mas está atolado até o pescoço de denúncias e vê cada vez mais sua candidatura sendo inviabilizada pela justiça. Já Jair Bolsonaro é um extremista que defende idéias nacionalistas, a ditadura militar e até já mencionou a frase de um acusado de tortura, durante discurso no Congresso Nacional. A incerteza deverá ser ainda maior se o ex-presidente Lula for impossibilitado de concorrer em 2018.

A esquerda no Brasil não tem outro nome com mais chance de lograr êxito nas urnas do que Lula, mesmo cheio de denúncias. Ciro Gomes (PDT) poderia ser uma alternativa, mas é o tipo de candidato que até tem boas intenções, mas não consegue atrair a maioria do eleitorado de esquerda. Já o PSDB, um dos maiores partidos do país, viu seu líder maior, Aécio Neves, se esvair pelo ralo em razão das inúmeras denúncias e a possibilidade de cassação de seu mandato como senador. João Doria, com seu governo em São Paulo, vem despencando nas pesquisas eleitorais e dificilmente deverá emplacar. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, parece novamente ser a alternativa do PSDB e principal nome tucano para a próxima eleição.

Em solo gaúcho a incerteza é ainda maior. O PT ensaia Miguel Rossetto, que não tem respaldo nenhum perante o eleitorado gaúcho e de esquerda. Tarso Genro é página virada e seria o sinônimo de mais uma derrota petista no estado. Paulo Paim e Olívio Dutra ainda seriam os nomes com maior possibilidade de emplacar uma candidatura ao Piratini. Ainda no campo de centro-esquerda, o PDT deverá lançar o ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que pode ser uma alternativa viável, mas que para vencer as eleições precisará repetir alguns fenômenos, como o que ocorreu com o ex-governador Germano Rigotto e o atual, José Ivo Sartori, que saíram com 4% no início do pleito e venceram as eleições.

O PMDB deverá lançar o atual governador José Ivo Sartori como candidato a reeleição, porém, o desgaste com o parcelamento dos salários deverá dificultar a vida do gringo no pleito do próximo ano. Sartori é forte candidato, mas a cada mês de salários parcelados, o atual governo cai pelo menos meio por cento nas intenções de votos. A cara na eleição para o governo do estado deverá ser do ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB). Apesar dos desgastes dos governos do PSDB em alguns municípios gaúchos como, por exemplo, Porto Alegre, Leite é o principal nome tucano para reconduzir o partido ao Piratini.

Por Fabio Lazzarotto

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