Aulas na creche de Saudades, em Santa Catarina, onde cinco pessoas foram mortas em ataque são retomadas
Local passou por reforma com a ajuda da comunidade e voltou às atividades nesta segunda-feira
As aulas na creche de Saudades, no Oeste catarinense, onde cinco pessoas foram mortas em um ataque no dia 4 de maio, foram retomadas nesta segunda-feira (24). O local passou por reforma com a ajuda dos moradores e reabriu o portão às 6h50min.
“É vida que segue. A gente tem que retomar a vida porque não vai parar por causa disso. Ficamos muito sentidos, muito abalados, mas vamos lá, é vida que vai seguir e, com certeza, não vai acontecer de novo”, disse Carla Riger, que é mãe de um dos alunos da creche. De acordo com a secretária Gisela Hermann, é esperado o retorno de 23 crianças entre os turnos da manhã e tarde.
As aulas presenciais haviam sido suspensas na cidade após um homem de 18 anos entrar no local com um facão e matar três crianças e duas mulheres. Uma quarta criança ficou ferida, foi hospitalizada, mas recebeu alta no início do mês.
O autor do ataque efetuou golpes contra ele mesmo e também chegou a ser internado, mas deixou o hospital no dia 12 e foi encaminhado ao presídio de Chapecó, na mesma região.
Na sexta-feira (21), o Ministério Público de Santa Catarina denunciou o autor do ataque por cinco homicídios e 14 tentativas de homicídio. As acusações têm três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
“O desafio nesse momento em que todos estão profundamente feridos e consternados pelo fato ocorrido no Aquarela é grande e difícil de contornar, mas o povo saudadense mais uma vez mostrou sua força, sua garra e sua solidariedade. Juntos somos fortes”, informou a prefeitura em nota.
Uma das partes da creche que passou por maior revitalização durante as obras foi a sala de aula onde as vítimas do ataque morreram, sendo transformada em área de lazer.
O autor do ataque foi ouvido pela polícia ainda no hospital seis dias após invadir a creche com facão. Ele foi levado para o presídio após receber alta.
Fonte: O Sul