Implantação de Escola Cívico-Militar em Erechim é pauta de audiências da vereadora Eni Scandolara
Na quarta-feira (13), a vereadora Eni Scandolara (Progressistas) participou de audiência na Secretaria de Educação – SEDUC, onde tratou sobre a adesão do município de Erechim ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação (MEC).
Acompanhada pelo deputado estadual Tenente Coronel Zucco (PSL), autor da proposta que permite o aproveitamento de servidores da reserva da Brigada Militar e das Forças Armadas para atuarem como monitores em escolas públicas e que serviu de modelo para todo o país, a parlamentar reafirmou o interesse do município em ser contemplado com este modelo de ensino. “Já encaminhamos expediente ao governador do Estado Eduardo Leite e ao comandante geral da Brigada Militar Cel QOEM Mário Yukio Ikeda, neste sentido, pois entendemos que por Erechim já ser um polo educacional e também uma referência para os municípios da Região Alto Uruguai, a adesão ao programa, traria inúmeros benefícios para a cidade, para os alunos, para a comunidade escolar e para a instituição de ensino participante do programa”.
Durante o encontro Eni foi informada de todas as etapas do processo a serem seguidas pelo município. Além disso, que as primeiras escolas confirmadas para o programa foram a Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera, de Caxias do Sul, e a Escola Estadual de Ensino Médio Carlos Drummond de Andrade, de Alvorada. As instituições darão início as atividades em 2020. Além das escolas da rede estadual também há possibilidade de escolas municipais adotarem a sistemática.
O deputado estadual Tenente Coronel Zucco, recebeu a tarefa do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de acompanhar e definir os municípios que vão sediar as escolas-cívico militares no Rio Grande do Sul. O trabalho está sendo desenvolvido em parceria com o secretário Estadual da Educação Faisal Karam. “Acreditamos em uma grande melhoria em questões como segurança, relacionamento e disciplina. Queremos que as escolas cívico-militares proponham uma renovação no ambiente escolar e seu entorno. Este modelo é da sala de aula para fora, trabalhando princípios, patriotismo e civismo, estimulando o respeito ao professor, funcionários e colegas. Vamos analisar com carinho a possibilidade de Erechim receber uma Escola Cívico-Militar”.
As escolas cívico-militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. De acordo com o Ministério da Educação, os militares atuarão na disciplina dos alunos, no fortalecimento de valores éticos e morais, e na área administrativa, no aprimoramento da infraestrutura e organização da escola e dos estudantes. As questões didático-pedagógicas continuarão atribuições exclusivas dos docentes, sem sobreposição com os militares, e serão respeitadas as funções próprias dos profissionais da educação, que constam na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Como critérios, o Governo Federal exige que as instituições escolhidas pelos Estados tenham de 500 a mil alunos, e contemplem estudantes do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental e/ou o Ensino Médio. A previsão de investimento é de cerca de R$ 1 milhão por escola.