Pe. Jean Demboski, vigário paroquial da Catedral, assessor diocesano da Pastoral da Juventude e Pe. Maicon Malacarne, Pároco da Paróquia N. Sra. Aparecida, Bairro Bela Vista, pela coordenação nacional de assessoria da Pastoral da Juventude, com os padres José Luiz Possato (Diocese de Novo Hamburgo), Pe. Leandro de Mello (Arquidiocese de Passo Fundo), participaram do Encontro Nacional de Assessores e Assessoras de Pastoral da Juventude, nos dias 4 a 7 de julho, na casa de retiros Emaús em Araras/SP.
A assessoria da parte metodológica foi de Raquel Pulita, residente em Brasília, mas natural de Caxias do Sul. Presentes também ex-assessores nacionais para a reflexão. A inspiração bíblica das reflexões, partilhas e celebrações foi o encontro de Madalena com Cristo ressuscitado que lhe pergunta: por que choras? A quem (o que) procuras? (Jo 20, 11-18).
O que marcou os participantes, segundo carta dos assessores do Sul 3 aos jovens do Estado, foi o constante exercício de olhar para o interior de si mesmos (projeto de vida, afetividade e saúde mental) e para fora (prática e vivência em comunidade e nos grupos de base). Provocadas e provocados a ser Madalenas – não as arrependidas, pecadoras ou santas, mas as apóstolas sensíveis à experiência do Cristo ressuscitado – percorreram as diversas galileias (isto é, realidades periféricas) juvenis, sempre com as perguntas de Jesus martelando em suas cabeças: Por que choram? O que (quem) procuram?
Tais perguntas os levaram, obviamente, a um autoconhecimento. Afinal, era disso que o encontro tratava: o que significa ser assessor, assessora? Como atender aos clamores da juventude sem confundir os papéis com os dela?
Assim, com Madalena aprenderam que o caminho não é fácil, nem bonito. Há uma cruz e uma pedra enorme. Mas o segredo está no olhar: “Eu vi o Senhor!” Olhar, escutar, estar presente, ser resistência, ser com (e não ser “em-vez-de”). É uma dura tarefa que só quem tem clareza de seu papel numa estrutura como a PJ pode executar.
Os assessores do Regional concluem a carta pedindo perdão aos jovens pelas vezes que não se fizeram entender nas suas limitações ou tentaram impedi-los de serem protagonistas, verdadeiros autores nos processos da juventude.