Associação de Capoeira Angola Cultura Popular e Mestre Bahia recebem homenagem do Poder Legislativo

A força e a beleza da cultura africana tomaram conta do plenário da Câmara
Municipal de Vereadores de Erechim na última segunda-feira (25). Em uma sessão
especial marcada por muito canto, dança e vibração, o Poder Legislativo conferiu duas
homenagens a quem trabalha incansavelmente para manter viva no município esta
cultura, tão importante na formação do povo brasileiro: Menção Honrosa à Associação
de Capoeira Angola Cultura Popular, em virtude de seus 20 anos completados em maio,
e a Comenda Boa Vista do Erechim – Centenário ao fundador da entidade, Mestre
Roberto Bahia. Ambas as congratulações foram propostas pela vereadora Sandra Picoli
(PCdoB), e entregues juntamente com o presidente em exercício da Câmara, Ilgue
Rossetto (PV) e o prefeito em exercício Rafael Ayub.

Já na entrada da Casa Legislativa, o público era recepcionado ao som de
instrumentos e das canções entoadas pelos membros do grupo. Com o plenário
devidamente decorado com elementos da cultura afro, a associação realizou uma
apresentação contagiante, onde crianças e adultos executavam os movimentos
característicos da Capoeira Angola, além de dança de roda. Emocionado com a
homenagem, Mestre Bahia se disse realizado com sua atividade de levar cultura não só
aos erechinenses, mas a todo o Alto Uruguai, além de exaltar os benefícios desta
prática. “A capoeira faz muito bem para o nosso corpo. Ela é rica em várias coisas, não
é só um movimento em si, tem a percussão, a musicalidade e trabalha muita coisa
dentro da gente. É rica demais”, afirmou Bahia.

Em seu discurso, a vereadora proponente traçou um histórico da cultura africana,
ressaltando o quanto os negros sofreram – e ainda sofrem – por conta do preconceito
disseminado a partir de distorções e imposições da cultura eurocêntrica, em especial em
nosso país. Falando aos homenageados da noite, Sandra celebrou o empenho do Mestre
Bahia e seus companheiros e alunos em fazer da capoeira uma forma de aproximar a
comunidade das raízes negras. “Os membros da Associação de Capoeira Angola Cultura
Popular não fazem esse trabalho por interesse próprio ou por interesse financeiro, mas
por manter vivas as práticas de um povo que teve também sua cultura escravizada. Me
somo à luta pela verdadeira liberdade e igualdade contra o preconceito que ainda é
muito presente em nossa sociedade”, destacou a vereadora.

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