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Vitivinicultura é debatida em Erechim

Em relação ao mercado, Ficagna observou que vem diminuindo o consumo de vinhos nacionais em relação aos vinhos importados que entram com preços mais competitivos ao traçar um panorama com a evolução do mercado no Brasil. Segundo ele, vários fatores contribuem para este cenário, para enfrentar a concorrência com outros países como Chile, Argentina, Uruguai e Portugal como subsídios.

“Precisamos de politicas públicas destinadas ao setor vitivinícola”, avaliou como alternativa para enfrentar este mercado. Outras dificuldades estão no custo de produção, logística, sazonalidade. Mas ele chamou a atenção para oportunidades que se apresentam como o crescimento pelo interesse pelo vinho, qualificação da demanda, diversificação da oferta. “A atividade vem crescendo na serra gaúcha”.

Segundo Ficagna, a Aurora distribui mais de 70 mil mudas e todo ano há um aumento da área cultivada de 30 a 40 hectares. A produção orgânica também foi destacada como potencial de mercado. O diretor disse ainda que tanto os espumantes como os moscatéis e sucos naturais têm crescido o consumo no Estado e no país. Ele destacou que de 2000 a 2016 houve um crescimento significativo. “O espumante gaúcho não perde em nada em qualidade para os franceses”, comparou.

O engenheiro agrônomo Lidovino Bavaresco, falou sobre o manejo das videiras. Entre as recomendações, chamando atenção para a eração do vinhedo para evitar doenças. “Doenças a gente não cura, mas previne”. Também destacou a importância do manejo do solo e da planta como fatores importantes na produtividade com qualidade. “Quanto ao clima não temos o que fazer. A análise do solo garante equilíbrio e redução de custos”. Bavaresco abordou ainda as principais doenças e formas de tratamento.

Enquanto na região da Serra cresce o aumento pela atividade e da área cultivada, na região do Alto Uruguai, o assistente técnico regional, Luiz Angelo Poletto, observou que nos três últimos anos houve uma redução na área de cultivo de videiras de 700 hectares para 560 hectares. “Nosso objetivo é aumentar a área cultivada e aumentar a produtividade que no último ano foi de 18 mil quilos de uva por hectare, muito baixa se for comparada com a Serra Gaúcha, de em torno de 35 mil quilos por hectare”, frisou Poletto.

 

Fotos: Terezinha Vilk/Emater/RS-Ascar

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