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VGraf: inovação no mercado gráfico e os desafios da sucessão familiar

Na manhã desta terça-feira (6), a Rádio Cultura e o Jornal Boa Vista entrevistaram o empresário Ari Fábio Vendruscolo, proprietário da VGraf – Impressos e Embalagens. Ele destacou o dia a dia do mercado gráfico e abordou a sucessão familiar, mencionando que seus filhos estão atuando na empresa há cerca de dois anos. A VGraf tem sede em Erechim, na Rua Doutor Sidney Guerra, e filiais em Porto Alegre e Não-Me-Toque.

Vendruscolo começou falando sobre os desafios econômicos enfrentados pela empresa ao longo do tempo: “A empresa precisa estar preparada para abraçar a oportunidade quando ela aparece, assim como tem que estar preparada para se deparar com situações adversas, que podem ser climáticas, econômicas, políticas, entre outras. Nesse contexto todo, trocamos o nome de Graffoluz para VGraf, algo que eu já queria há algum tempo. E, nada melhor do que colocar essa tarefa nas mãos dos sucessores, meus filhos. E também conseguir passar um bastão lentamente para eles, consolidado para que a empresa continue crescendo”.

Sobre a diversidade e versatilidade dos produtos oferecidos pela VGraf, ele destacou: “Hoje fica mais fácil eu falar o que nós não fazemos relacionado a impresso e, eu vou citar, talvez, um, dois, três itens. A VGraf é uma empresa que consegue se moldar à necessidade do cliente, apresentando a solução ideal. Do santinho político à embalagem super sofisticada para lançamento de um mega produto. Produzir o que todo mundo faz me deixa igual a todos; nosso propósito é fugir da zona da normalidade. Eu tenho que ter algo diferente quando aparecer uma necessidade”.

Em relação à sucessão familiar, Vendruscolo reconheceu os desafios enfrentados pelos empresários de Erechim: “Hoje eu entendo perfeitamente por que muitas empresas não conseguem fazer a sucessão. Primeiro, os filhos têm que ter aceitação, querer fazer parte do negócio. Bater na mesa e dizer: ‘Isso eu vou aprender a trabalhar, vou buscar conhecimento e quero ser o sucessor desse negócio’. Esse é o primeiro passo. Se eles estiverem dispostos, entra a segunda parte, que é conciliar os estudos com o trabalho. Logo, entender que a teoria não é igual à prática, são situações bem distintas”.

Ele ainda comentou sobre a necessidade de adaptação à cultura do negócio: “Temos 33 anos de história, e isso não pode ser mudado para uma ideia que tem dois anos. Então, tem que se criar uma sintonia para que isso funcione. E eu, como pai, dono do negócio e sucessor que vou fazer esse trabalho, sinto que é muito gratificante, mas também muito preocupante. Porque eu não posso errar. E se eu errar, se nós errarmos, não vai aparecer daqui a seis meses, mas daqui a cinco, sete, oito, dez anos, e talvez seja tarde. Então a gente tem que buscar conhecimento, mentorias, cursos, psicólogos e tudo o que vocês puderem imaginar, para que possamos receber os sucessores e poder auxiliá-los da melhor forma”, finalizou.

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