O ano de 2014 foi um dos mais importantes na história do Atlântico. A equipe que recentemente havia conquistado títulos do Estadual e da Taça Brasil, viveria uma temporada de outras importantes vitórias.
Naquele ano, o foco principal era a Libertadores da América. E para chegar ao tão sonhado título, o fixo Silva lembra que a preparação começou bem antes e um torneio preparatório se tornou um pontapé importante para o desejo maior.
Silva está na sua segunda passagem pelo Galo e em 2020 vive sua quarta temporada no Caldeirão. Ele esteve no elenco que conquistou a Libertadores. “Foi uma experiência incrível, para mim então, mais ainda por ser minha primeira Libertadores”, frisa.
E a conquista que se daria dentro de casa, em Erechim, começou no Paraná, avalia o campeão. “Naquele ano tivemos o torneio preparatório em Foz do Iguaçu, a Copa Cataratas. Lá estavam nada menos que seis equipes da Liga Nacional, dos oito participantes. E grandes clubes como a bicampeã da Liga (LNF), Intelli. Lembro que fizemos a final diante do Jaraguá e garantimos o primeiro lugar. Isso gerou uma motivação a mais, confiança no trabalho, vimos ali que o ano poderia ser muito bom”, conta Silva.
“Na Libertadores, após uma primeira fase muito boa, enfrentamos nas semifinais a Intelli, que era a grande favorita. E este para mim, foi um dos principais jogos que tive até hoje defendendo a camisa do Galo. A vitória por 4 a 3 foi sensacional. Nosso maior jogo na competição e que nos deu a vaga na final”, acrescenta o fixo.
“Depois veio a final, contra o Boca Juniors, que tinha na sua base jogadores da Seleção Argentina, que mais tarde viriam a ser os campeões do Mundial de Seleções. É diferente enfrentar uma equipe argentina, é complicado. Ali o fator emocional contou muito. Saímos vencendo, mas eles viraram o placar. Porém, nossa equipe não se abateu, soube trabalhar e teve total mérito naquela conquista, virando o placar para 3 a 2”, amplia.
“Acredito que ali, física e tecnicamente atingimos o nosso auge. A ajuda do torcedor em todas as partidas, lotando o Caldeirão, foi sensacional. Espero que possamos ter novos bons momentos pela frente, como foi aquele”, pondera Silva.
O fixo aliás, tem muitos motivos para comemorar vestindo a camisa do Atlântico. Ele é um dos jogadores mais vitoriosos do Clube, conquistando nos anos seguintes dois Campeonato Gaúcho, uma Taça Brasil, além de estar na final da Liga Nacional de Futsal em 2018. “Quero seguir assim, dando meu melhor por este clube, pela torcida, para manter este legado de conquistas importantes”, completa Silva.
A equipe campeã da Libertadores tinha no comando o treinador Cigano, com os goleiros Maisena e Igor, além dos atletas Keké, Everton, Dudu, Tales, Hector, Bagatini, Rafa, Poletto, Alemão, Galo, Ceccatto e Silva.