Stefany Krebs é a primeira aluna surda da Educação Física da URI a concluir o curso

Quando criança, a acadêmica do Curso de Educação Física Licenciatura da URI Erechim, Stefany Krebs, 22 anos, descobriu que seu processo de aprendizagem teria alguns obstáculos a enfrentar. A barreira da comunicação, entretanto, nunca a impediu de correr atrás de seus objetivos. Nesta terça-feira, 24, Stefany tornou-se a primeira aluna surda do Curso de Educação Física da URI Erechim a apresentar seu Trabalho de Conclusão, de forma virtual, pois atualmente ela reside em São Paulo, onde é atleta do Palmeiras.

Stefany apresentou o trabalho sobre a inserção de jovens surdos no esporte escolar a partir de ações da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) e entidade de surdos. Com seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) aprovado, Stefany ressaltou: “Hoje comemoro mais uma conquista, estou muito feliz. Com o apoio dos professores, dos intérpretes de Libras, de minha família e colegas compartilho esta conquista”.

A Banca Examinadora foi composta pelos professores José Luis Dalla Costa (orientador), Adriane Carla Vanni, Elton José Dalla Vecchia, a tradutora e intérprete de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), Vera Galli. O suporte técnico contou com o acadêmico bolsista de Iniciação Científica, Rodrigo Krempaski Ribeiro e o Professor Vanderlei “Índio” Ramos de Oliveira Júnior.

Para a Professora Adriane, o trabalho apresentado por Stefany poderá servir de exemplo e incentivo para que pessoas com deficiência possam adentrar e continuar nas universidades. “É um trabalho importante. Poderá contribuir com a comunidade surda, ressaltando a importância da acessibilidade e da Língua Brasileira de Sinais”.

O professor Nino ressalta o papel da Universidade, do Curso de Educação Física e do Núcleo de Acessibilidade, que oferecem um Atendimento Educacional Especializado (AEE), dirigido aos estudantes da URI Erechim, como forma de apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. “A URI preza pela inclusão dos alunos com deficiência, entre eles, estão aqueles que devem ter seu direito linguístico respeitado, colaborando também, com o desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal de acadêmicos que desejam assumir um papel de protagonistas em nossa Universidade e em nossa sociedade”.

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