Sindilojas Alto Uruguai e Sindicomerciários assinam convenção coletiva para o comércio
O documento tem abrangência nos municípios de Erechim, Getúlio Vargas, Estação, Erebango e Ipiranga do Sul
O presidente do Sindilojas Alto Uruguai Gaúcho, José Gelso Miola, e a presidente do Sindicomerciários, Anelise Michalski, assinaram, na manhã desta segunda-feira, 17, a nova Convenção Coletiva de Trabalho que passa a ter vigência retroativa a 1º de junho de 2019 até 31 de maio de 2020 e abrangência nos municípios de Erechim, Getúlio Vargas, Estação, Erebango e Ipiranga do Sul.
O novo piso salarial dos comerciários passa a ser de R$ 1.315,00. O reajuste salarial foi de 4,78% aplicados sobre o salário de maio de 2019 e o resultado obtido é o salário atualizado para 1º de junho de 2019. O salário dos empregados com menos de 90 dias de empresa, desde que sem experiência de trabalho em qualquer ramo do comércio, ficou em R$ 1.271,00.
Segundo o presidente do Sindilojas Alto Uruguai, José Gelso Miola, a Convenção Coletiva de trabalho é o instrumento de negociação, onde as classes empresarial e laboral definem, após ouvidas suas bases em assembleias convocadas especialmente para esse fim, suas pautas de reivindicações e suas necessidades para que o segmento possa crescer, evoluir em sintonia e harmonia. “Toda Convenção Coletiva de Trabalho, assim como qualquer outra negociação que se faz, somente será saudável, positiva e evoluída, se for equilibrada e seus reflexos possam ser sentidos e aceitos pela sociedade como instrumentos de crescimento, geração de riquezas e, portanto, útil ao estado em todos os seus níveis. Nossas convenções destacam-se por serem modernas, pois contemplam a nova redação da reforma trabalhista em muitos artigos, são solidárias, pois remuneram os colaboradores dentro de uma realidade possível levando-se em conta o momento que a economia atravessa em nível de Brasil, e podem ser consideradas também humanas pois preservam o direito ao lazer, o convívio com as famílias, a vida em sociedade para patrões e colaboradores e isso tudo é qualidade de vida”, acentua Miola.
Outro ponto que merece destaque, de acordo com o presidente do Sindilojas Alto Uruguai, é “que além de neste momento difícil de economia em recessão preservarmos os postos de trabalho, que são fundamentais para a manutenção financeira das famílias, e evitar reflexos negativos aos cofres públicos, conseguimos evoluir em pautas que beneficiaram ambas as categorias e isso tudo em perfeita harmonia, respeito e cordialidade, numa demonstração que estamos maduros e cumprindo com nossos papéis perante nossos representados e a sociedade regional como um todo. Estão de parabéns Sindilojas e Sindicomerciários pela negociação que beneficia toda a classe trabalhadora do comércio.
Para a presidente do Sindicomerciários, Anelise Michalski, a CCT contempla o que a categoria sugeriu em Assembleia. Conforme explica, todas as cláusulas que foram sugeridas foram discutidas, ponderadas e negociadas com o Sindicato patronal para que ficassem a contento de todos. Segundo Anelise, foi uma negociação, desde o início, muito tranquila, muito respeitosa, onde ambas as entidades tentaram chegar a um consenso. “Acredito que é um ótimo acordo, pois ficou assegurado aos comerciários a tranquilidade na relação de trabalho. Foi mais um ano que as entidades buscaram fazer uma negociação da melhor forma possível”, finaliza.
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
O Sindilojas aproveita para fazer um alerta que, mesmo com a Reforma Trabalhista e medidas provisórias, a Contribuição Assistencial continua sendo obrigatória tanto para empresas como para empregados. O desconto do valor corresponde a 3% da remuneração em quatro meses do ano, apenas para sócios do Sindicomerciários, de acordo com a CCT. Já para as empresas, o valor correspondente a um dia do valor bruto da folha de pagamento de salários efetivamente percebida pelos seus empregados deverá ser recolhido de acordo com a Convenção Coletiva.