
Saúde regional em debate em Assembleia da AMAU
Prefeitos aprovam 15% de aumento no complemento para os pacientes que utilizam os serviços do Santa Terezinha
Na última quinta-feira, 27, a AMAU realizou importante reunião, onde um dos temas amplamente debatido foi a saúde regional.
O coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Dimas Dandolini, que assumiu recentemente a função repassou informações e dirimiu dúvidas dos prefeitos presentes. Afirmou que está visitando todos os municípios que fazem parte da coordenadora. Citou a logística de transporte, para que os pacientes possam ser atendidos em algumas especialidades: “Temos uma sobrecarga no sistema e fica pesado para os municípios que tem que complementar sempre. Para se ter uma ideia temos uma fila de espera de seis mil pacientes para uma consulta oftalmológica”.

Dimas salientou que a porta de entrada do SUS sempre são as Unidas Básicas de Saúde dos municípios: “Precisamos aumentar a promoção de prevenção de saúde”. Salientou.
O presidente da AMAU, Delfim, prefeito de Marcelino Ramos, reforçou a importância da prevenção e citou como exemplo um serviço que é desenvolvido em Balneário Camboriú, e convidou os prefeitos, para fazer uma comitiva e ir conhecer como funciona.
Outro tema abordado, que traz forte impacto para a região é a situação da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, que foi explanada pelo diretor executivo, Rafael Ayub.

Ayub afirmou que o Santa é 100% SUS e ninguém complementa nada, apenas os municípios da AMAU. E que os contratos que mantém para seu funcionamento são insuficientes para seu custeio: “para se ter uma ideia, os serviços de alta complexidade, `as vezes demora seis meses para recebermos”.
O dirigente repassou aos prefeitos que o hospital é de excelência, pois atende em torno de 98% dos pacientes e que apenas 2% são enviados para outros hospitais (hemodinâmica e queimaduras graves). Comparado com outros municípios, o déficit do Santa é pequeno, e atualmente giram em torno de R$ 10 milhões: “a ajuda dos municípios é fundamental para gradativamente irmos diminuindo esses números”.
O prefeito de Erechim, Paulo Polis, em seu relato falou que o ideal seria um aumento de 40% no complemento dos municípios para equilíbrio das despesas, mas após ponderações dos prefeitos eleitos, foi colocado em votação e aprovado o reajuste de 15% para 2025.
Defendendo a repactuação, Polis afirmou que: “esta semana a Prefeitura de Erechim e a Câmara de Vereadores liberaram R$ 5milhões para o hospital, baixando o déficit. Mas todo serviço novo que abrimos, aumenta o déficit, pois a tabela SUS é defasada. Talvez chegará um momento que teremos que escolher qual servir fechar, pois estamos em nosso limite”.
“Precisamos todos acionar nossos deputados para buscarmos recursos”, pontou Delfim, presidente da AMAU.
Por: Ascom AMAU