Saúde mental nas escolas: leitura e plataformas digitais auxiliam na discussão sobre o tema

Plataforma de leitura digital traz obras e projetos com assuntos como ansiedade, medo e empatia, importantes no contexto pós-pandemia

Apesar da discussão entorno do tópico saúde mental ser cada vez mais frequente, ainda é um tabu abordá-lo dentro das salas de aulas. Por outro lado, algumas instituições de ensino contam com o auxílio da leitura e de plataformas digitais para debater a temática no ambiente escolar. A Árvore, uma das maiores edtechs para educação básica no Brasil que oferece soluções de leitura digital, disponibiliza em sua plataforma diversos títulos que auxiliam os professores nessa abordagem junto aos alunos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada cinco pessoas será afetada por problemas de saúde mental ao longo da vida. Esse dado mostra a dimensão de uma questão que se agravou com a pandemia. Para Letícia Reina, gestora pedagógica da Árvore, é fundamental levar para o ambiente educacional diálogos sobre o assunto, pois é na troca que os estudantes se enxergam, se identificam e se fortalecem. “A saúde mental, tão importante quanto a nossa saúde física, depende das relações estabelecidas com o outro e de uma escuta atenta para essas necessidades. Somos seres dialógicos e nos constituímos nessas relações. Portanto, a leitura é porta de entrada para nos sentirmos parte de um todo”, comenta a gestora.

Ambiente de troca

Uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Instituto Gallup, analisou que crianças e adolescentes poderão sentir os impactos da pandemia em sua saúde mental por anos. De acordo com o estudo, desenvolvido em 21 países, incluindo o Brasil, os mais jovens lidam com problemas psíquicos desde antes da pandemia. Eledir Dall Agnol, educadora da Escola Municipal Professora Fernanda Rigoti, de Itatiba do Sul, RS, utiliza os títulos da Árvore durante as aulas e conta que, quando o tema é trabalhado com os estudantes, o foco é apresentar para eles a possibilidade da busca de ajuda quando sentirem necessidade. Para a professora, a importância de tratar da temática com os alunos se resume em prevenir situações mais complexas de isolamento social.

A orientadora e professora de educação emocional da rede privada de ensino, Mônica Fragato, leva constantemente o tema para sala de aula e também conta com o auxílio da Árvore. Lá, estudantes de todos os segmentos recebem sugestões de leitura para discutir sentimentos como ansiedade, medo e empatia. “A escola é o primeiro espaço social que o ser humano experimenta na infância. É nesse local que ele encontra o diferente, o controverso, o amigo, o aprendizado e as adversidades. Por isso, é importante criar um ambiente de troca e orientação que também seja acolhedor e humano”, detalha a profissional.

Os títulos trabalhados são selecionados de acordo com o segmento escolar de cada aluno. Para os estudantes do Ensino Fundamental, há sugestões como: “Tenho monstros na barriga”, de Tonia Casarin, que auxilia na discussão das sensações ocasionadas a cada emoção diferente, e “A escova de dentes azul”, de Marcos Mion, que trata sobre empatia.  Nas séries do Ensino Médio, os educadores trabalham, entre outros, os livros “Alimente suas emoções”, de Gisela Saviole, responsável por apresentar aos estudantes a reflexão de como  eles suprem suas necessidades emocionais com alguns alimentos, muitas vezes, em excesso, e “Depressão-doença – O grande mal do século XXI”, do autor Carlos Vieira. O título aborda a intensa batalha enfrentada para tratar e prevenir a depressão.

A Escola Estadual Professora Fernanda Rigoti, de Itatiba do Sul, RS, utiliza os títulos da Árvore para abordar o tema dentro da sala de aula.

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