A área cultivada de trigo alcançou 1,45 milhão de hectares, a maior em 42 anos, segundo a Emater. Os resultados exatos do quanto foi colhido e da produtividade total ainda estão sendo levantados junto aos produtores e serão divulgados nos próximos dias, mas devem superar as estimativas iniciais de 4,97 milhões de toneladas e de 3,4 mil quilos por hectare.
Foi a maior safra do RS e a maior também entre os Estados produtores, já que o Paraná, até então líder, teve problemas com excesso de umidade. Mesmo com essa baixa, o volume no Brasil foi recorde: 9,5 milhões de toneladas, 24% maior do que a temporada anterior, segundo a Embrapa Trigo.
— Iniciamos com uma média e hoje temos uma situação muito melhor, tanto pela parte do produtor quanto pelo clima. Foi um ano diferenciado em área cultivada e em tecnologia adotada. Estamos deixando de ter um plantador de trigo no inverno para ter um produtor que investe na cultura, que tem um sistema de produção — observa o diretor-técnico da Emater, Alencar Rugeri.
Não fossem os custos elevados em 2022, o desempenho no trigo poderia ter sido ainda maior, segundo o setor. Jardim lembra que a safra de inverno começou a ser planejada assim que eclodiu a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que encareceu “violentamente” os preços dos fertilizantes.
Mal colheram-se os bons resultados do último ano, o olhar já se volta para o próximo plantio. A tendência é de que o crescimento observado em 2022 não seja pontual, tendo continuidade na próxima safra de inverno de 2023.
Fonte: GZH