Quais os prazos previstos para entregas e retomadas de obras nas rodovias federais do RS

Com a retomada na capacidade de investimento a partir deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), está buscando agilizar a retomada de construções em andamentos e o início de melhorias prometidas. Ao longo dos próximos três anos, 19 obras em rodovias – sendo 11 que já estão em andamento e oito que está em fase de projeto – foram selecionadas pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) para receberem recursos de forma prioritária.

– A gente trabalha com a expectativa que o Ministério da Economia tenha reservado esses recursos, proposto ele de partida, deixando um recursos mínimo para o empreendimento. O Dnit trabalha com o orçamento geral da União. Tendo uma legislação específica, que define que virão recursos, a gente trabalha nessa programação, que nos orçamentos de 2024, 2025 e 2026 venham com recursos suficientes para a gente conseguir concluir algumas obras ou avançar muito bem em alguns lotes para fins de conclusão – destaca o superintendente do Dnit no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva, que concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (14).

A duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, deverá ter praticamente todo seu trecho entregue até o fim do ano que vem. Atualmente, dos 211 quilômetros que estão sendo duplicados, 163 estão liberados. Para 2025, ainda faltará concluir alguns trechos nas regiões de Guaíba, Tapes e Camaquã.

Sobre a duplicação da BR-290, Silva informa que até setembro o Dnit informará se as obras nos lotes um e dois serão retomadas no atual contrato ou se será necessário realizar uma nova licitação.

Com relação às obras na nova ponte do Guaíba, o superintendente ressalta que está em tratativas com o governo do Estado e a prefeitura de Porto Alegre para iniciar um novo cadastramento de mil famílias das vilas Areia e Tio Zeca que serão impactadas.

As melhorias na BR-116, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, tem expectativa de conclusão até o fim de 2026. Antes disso, até o fim de 2023, o Dnit pretende inaugurar as novas pontes sobre o Rio dos Sinos.

A extensão da Rodovia do Parque até Portão também foi selecionada pelo governo como obra prioritária. Como está em fase de projeto, Silva informou que a construção não será iniciada antes de 2025, pois ainda há muitas etapas a serem superadas.

Sobre a construção de uma nova ponte entre o Rio Grande do Sul e a Argentina, em Porto Xavier, o prosseguimento do contrato depende da capacidade da construtora Coesa seguir com seu trabalho. A Justiça havia decretado falência da empresa, mas a decisão foi revertida recentemente.

A nova ponte entre São José do Norte e Rio Grande é mais uma construção que apareceu na relação do governo federal. O estudo de viabilidade apontou dois traçados. Segundo Silva, o próximo passo agora é a contratação da empresa que irá realizar o projeto, último passo antes da obra.

Outra travessia a seco aguardada é a que será construída entre São Jerônimo e Triunfo. A obra também recebeu a garantia de que é prioritária e o Dnit deverá dar inicio ao projeto, fase anterior à construção.

Outras obras importantes não foram relacionadas entre as prioridades. Mesmo sem novos recursos, a Travessia Urbana de Santa Maria, por exemplo, deve ser finalizada até junho de 2024. Sobre a duplicação da BR-290, entre Uruguaiana e Pantano Grande, o superintendente destaca que é necessário fazer um estudo de viabilidade do trecho antes de qualquer providência sobre aumento de capacidade no trecho. Já a duplicação da BR-392, na região do porto de Rio Grande, há a possibilidade que a obra seja incluída na futura concessão que assumirá no lugar da Ecosul.

Por fim, o superintende do Dnit confirmou a recuperação de dois trechos de rodovias. Sobre a reconstrução da BR-116, em Nova Petrópolis, o contrato com quem irá fazer a obra será assinado nesta semana.

Já o edital para contratar a empresa que irá executar a reconstrução da ponte do Fandango, na BR-153, será lançado até o final deste mês. Toda a estrutura de concreto será substituída ao longo dos dois anos de trabalho previstos.

Por GZH