Puxado pela classe média, potencial de consumo de Erechim é de R$ 2,95 bilhões

Classes B e C, somadas, representaram 85% deste total em 2017. Principais despesas estão voltadas à ‘manutenção do lar’

Na última semana o BV revelou o potencial de consumo da classe B de Erechim, a partir de dados apresentados pelo empresário Julio Brondani, em palestra na CDL.

Hoje, devido a repercussão gerada pelo assunto, a coluna – tendo como fonte o ‘Perfil das Cidades Gaúchas 2017’, elaborado pelo Sebrae, amplifica informações e mostra como está distribuído o potencial de consumo de R$ 2,954 bilhões da população bota-amarela e quais são os principais tipos de despesas do erechinense.

# A classe B, que representa 31% das residências de Erechim (11.583 moradias), é quem detém o maior poder de fogo – alcançando, em 2017, potencial de consumo de R$ 1,5 bilhão (considerando as classes B1: R$ 1,1 bilhão e B2: R$ 402 milhões).

Logo em seguida aparece a classe C, com R$ 1 bilhão (C1: R$ 646 milhões e C2: R$ 357 milhões). A cidade tem 56% de seus lares (20.609) habitados por membros da classe C, conforme o Sebrae.

Com apenas 2% das residências na classe A (872 moradias), o segmento tem poder de compra de R$ 347 milhões, quase 6 vezes mais do que as classes de rendimento D e E – que perfazem 10% das moradias (3.502 casas).# A renda média familiar mensal é o que define as classes econômicas. Para efeito, o Sebrae – com dados do IPC Marketing/Abep – estabeleceu os seguintes valores (2015): Classe A: R$ 20.272,56; Classe B1: R$ 8.695,88; B2: 4.427,36; C1: 2.409,01; C2: R$ 1.446,24; D/E: 639,78.

# Em tempo: No ano de 2015, 18,6 mil trabalhadores erechinenses recebiam por seus serviços entre 1,5 e 3 salários mínimos.

# Enquanto que os maiores gastos dizem respeito a manutenção do lar (25,1% do total, com capacidade de movimentar cerca de R$ 750 milhões por ano em Erechim), despesas com cultura e recreação (1,7%) são inferiores à soma dos valores consumidos com bebidas (1,6%) e fumo (0,7%). Com livros e material escolar o montante percentual não chega a 0,1%. Confira a lista das principais despesas:

1 – Manutenção do lar: 25,1%  (R$ 750 milhões)

2 – Outras despesas: 19,8% (R$ 584 milhões)

3 – Alimentação no domicílio: 11,8% (R$ 348 milhões)

4 – Gastos com veículos próprios: 5,7%

5 – Material de construção: 5,2%

6 – Alimentação fora do domicílio: 4,6%

7 – Gasto com medicamentos: 3,4%

8 – Vestuário confeccionado: 3,3%

9 – Outras despesas com saúde: 2,9%

10 – Eletrodomésticos e equipamentos: 2,3%

# Para saber: No item ‘manutenção do lar’ estão os gastos das famílias com aluguel de moradia, imposto predial, condomínio, água e esgoto, energia elétrica, telefone fixo, telefone celular, tv por assinatura, gás encanado, taxa de lixo, serviços domésticos, gás de botijão, lenha, dedetização, carvão vegetal, consertos de aparelhos domésticos, consertos de móveis e outros. Em ‘outras despesas’ encontram-se gastos com cabeleireiros, manicures, sapateiros, barbeiros, alfaiates, costureiras, relojoeiros, tinturarias, lavanderias, empregados domésticos, fotografias para documentação, cerimônias familiares e práticas religiosas, serviços de cartórios e profissionais (advogados, despachantes, contadores), jogos de azar e apostas, construção, reforma e manutenção de jazigos, aluguel de aparelhos e utilidades de uso doméstico, alimentos e outros produtos para animais, flores, despesas de mudança, imposto de renda, imposto sobre serviços, contribuições trabalhistas à previdência e associações de classe, pensão alimentícia, tarifas bancárias, justiça do trabalho, seguro de vida e demais despesas não detalhadas nas categorias de consumo acima. Compreende ainda aquisição de veículos, aumento do ativo e diminuição do passivo referente a pagamento de prestações de empréstimos, carnês e outros investimentos.

# Em 2016 Erechim ocupava a 17ª posição do RS em relação ao seu potencial de consumo, com R$ 2,778 bilhões. Já em 2017, o município ganhou uma posição (ultrapassando Cachoeirinha), chegando a R$ 2,954 bilhões (crescimento de R$ 176 milhões no período), segundo o Sebrae e  IPC Marketing.

A seguir a lista dos 20 primeiros em 2017:

1 – Porto Alegre: R$ 48,134 bilhões

2 – Caxias do Sul: R$ 16,730 bilhões

3 – Canoas: R$ 9,143 bilhões

4 – Pelotas

5 – Santa Maria

6 – Gravataí

7 – Novo Hamburgo

8 – Viamão

9 – São Leopoldo

10 – Passo Fundo: R$ 5,7 bilhões

11 – Rio Grande

12 – Alvorada

13 – Bento Gonçalves

14 – Santa Cruz do Sul

15 – Sapucaia do Sul

16 – Erechim: R$ 2,9 bilhões

17 – Cachoeirinha

18 – Guaíba

19 – Lajeado

20 – Bagé

Por Salus Loch 

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