Pronto Socorro do Santa Terezinha fica 45 minutos sem funcionários e prefeito abre sindicância

O prefeito Luiz Francisco Schmidt pediu abertura de sindicância para apurar responsabilidades pelo fato de o Pronto Socorro (PS) da Fundação Hospitalar Santa Terezinha ter ficado 45 minutos sem funcionários e sem prestar atendimento aos pacientes.

De acordo com o prefeito, em entrevista para a Rádio Cultura, no começo da manhã de segunda-feira, 03 de julho, ele participava de uma reunião com professores municipais quando recebeu ligação de um usuário que aguardava atendimento no PS e o local estaria sem qualquer funcionário.

 

45 minutos

“Disse que a mais de hora não aparecia ninguém para dar atendimento, nem atendentes, nem enfermeiros, nem técnicos de enfermagem, nem médicos. Absolutamente nenhum contato. Tão logo tomei conhecimento deste fato, me desloquei até lá e realmente não tinha ninguém”, conta o prefeito.

Ainda segundo Schmidt, ao se verificar as câmeras de monitoramento, ficou comprovado que por 45 minutos, no mínimo, nenhum funcionário apareceu no PS. “Fui lá e disse as verdades necessárias aos funcionários, determinei a Ouvidoria Municipal que instale sindicância para apurar responsabilidades, porque, eu não posso chegar e dizer que é a raia da irresponsabilidade, mas é, no mínimo, flagrante desrespeito. Absolutamente nenhum contato entre o Pronto Socorro e os usuários durante 45 minutos. Isso é uma vergonha e o serviço público tem que ser aperfeiçoado. Fui pessoalmente para não dizerem que o prefeito se esconde quando tem problema”.

 

Ninguém é mais bonito que ninguém

“Disse sim, as verdades que eles precisavam ouvir (funcionários) porque os donos do hospital são os usuários, são os contribuintes de Erechim que pagam religiosamente os seus impostos, como todos os contribuintes da região que as prefeituras municipais complementam o atendimento no Santa Terezinha”, afirma Schmidt.

Na entrevista o prefeito contou que a justificativa dada para que o PS tenha ficado sem prestar seria a troca de turno. “Uma troca de turno demora 45 minutos? Sem ninguém aparecer, sem dar satisfação? Vamos apurar responsabilidades sim, seja daquele turno, seja do turno anterior, eles terão que responder. E se ainda assim não apurarmos a verdade, levaremos até as últimas consequências, ao próprio Ministério Público. Dizem que sempre existe o fim da picada, mas isso foi além do fim da picada. Nós podemos cometer erros involuntários, mas de falta de responsabilidade não podemos cometer”.

Questionado sobre se os cargos de chefia do hospital também passariam por sindicância ou a investigação seria voltada apenas para os funcionários, Schmidt foi enfático. “As chefias tem que responder sindicância. Ninguém é mais bonito que ninguém, a Lei é única para todos”.

 

Por Alan Dias

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