Presidente da FAMURS, Marcelo Arruda, participa da Marcha dos Prefeitos em Brasília

Mais de 3 mil prefeitos, além de vice-prefeitos, secretários e assessores, totalizando cerca de 20 mil pessoas, participaram da Marcha dos Prefeitos realizada em Brasília. O evento, promovido pelo governo federal em parceria com a Associação Brasileira de Municípios (ABM), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Frente de Prefeitos do Brasil, teve como objetivo fortalecer a relação entre os municípios e a União, além de apresentar programas e soluções para os desafios locais.

Muitos gestores, especialmente os que estão em seu primeiro mandato, compareceram com o intuito de buscar ferramentas para transformar suas cidades. No entanto, Marcelo Arruda, presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS), destacou um obstáculo inicial: a aprovação do orçamento da União, que ainda não ocorreu. “A previsão mais otimista é que isso aconteça até o final de março. Enquanto isso, teremos 60 dias com tudo praticamente paralisado. Essa demora é preocupante, pois o orçamento deveria ter sido aprovado no ano passado. Há um impasse entre o governo federal e o Congresso, principalmente em relação à destinação das emendas parlamentares, com o STF intervindo no processo”, explicou Arruda.

Durante o evento, Arruda destacou a participação de lideranças regionais, como o prefeito de Campinas do Sul, Paulo Batistti; o presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (AMAU) e prefeito de Marcelino Ramos, Vannei Mafissoni; e o diretor do Hospital Santa Terezinha, Rafael Ayub que esteve em Brasília em busca de recursos para a instituição, que atende mais de 40 municípios e enfrenta um déficit financeiro de R$ 16 a R$ 20 milhões. “É um sonho ver o governo federal e o estadual unidos para ajudar o Santa Terezinha. Erechim e toda a região têm feito um esforço enorme para manter o hospital funcionando”, afirmou Arruda.

Outro tema abordado foi a ponte que liga Campinas do Sul a Ronda Alta. O prefeito Batistti apresentou fotos da obra, que está praticamente concluída, faltando apenas as cabeceiras. Para finalizar o projeto, é necessário o pagamento de uma emenda de R$ 6 milhões, atualmente bloqueada devido a uma decisão do ministro Flávio Dino. “Se não fosse isso, o recurso já estaria liberado”, disse Arruda.

Durante uma audiência com o Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Valber Ribeiro, foi solicitado a liberação de pelo menos R$ 3 milhões para que a empresa responsável possa dar continuidade à obra. “Se tivermos que esperar a aprovação do orçamento no final de março, a conclusão da ponte só deve ocorrer em setembro ou outubro. Essa ligação é crucial para conectar a região da AMAU com a MNG”, explicou Arruda, destacando que Ronda Alta agora faz parte da Associação dos Municípios do Norte Gaúcho. O secretário executivo sinalizou a possibilidade de buscar recursos extras na Casa Civil, com uma resposta esperada ainda neste mês.

Além disso, o diretor do Hospital Santa Terezinha, Rafael Ayub, participou de uma audiência com o secretário nacional de Atenção Básica, Felipe Proenço. Médico natural de Caxias do Sul e radicado na Paraíba, Proenço mantém uma relação próxima com a FAMURS e se mostrou receptivo às demandas apresentadas. Ayub detalhou os projetos de ampliação do atendimento de saúde e aguarda agora a avaliação da Secretaria Nacional. “Ele entendeu a importância do Santa Terezinha para a região e abriu caminhos para nos ajudar”, afirmou Ayub.

Por: Edson Machado da Silva

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