Potencial da cultura de butiazeiro é avaliado para geração de renda e emprego no Alto Uruguai
A Emater/RS-Ascar, através do Escritório Regional de Erechim, está fazendo um levantamento do potencial da cultura do butiazeiro na região do Alto Uruguai. Nos dias 11 e 12 de novembro, foram coletadas amostras de solo e de folhas, além informações acerca do uso e destino dos frutos e da palha do butiazeiro. As amostras foram colhidas nos municípios de Centenário, Paulo Bento, Sertão e Erebango.
Para o engenheiro agrônomo e extensionista do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim Carlos Alberto Angonese, “ao que tudo indica não há cultivos comerciais, já que as famílias mantêm de uma a cinco plantas para consumo da propriedade. A fruta tem uso mais intenso no consumo in natura, para aromatizar licores e na elaboração de sucos. Entretanto, o potencial de uso da polpa para picolés, sorvetes e doces é grande, bem como o potencial produtivo da cultura. Já as fibras não são usadas”.
“Os butiazeiros são palmeiras provedoras do butiá, fruto que apresenta várias características, ora mais ácido, ora mais doce, de cor mais amarelada ou mais alaranjada, os quais podem ser mais uma alternativa de diversificação na alimentação da família e da renda da propriedade”, avalia Angonese. “O fruto pode ser aproveitado para consumo in natura ou processamento para elaboração de sucos, doces, sorvetes e bebidas. Enquanto, as folhas e suas fibras podem ser usadas para artesanatos”, complementa.
O extensionista explica ainda que o fruto é saboroso, rico em carotenóides, precursores da vitamina A, possui altíssimos níveis de potássio e ferro, além de grande quantidade de vitamina C. “A planta é pouco exigente em fertilidade do solo e produtiva. Estas vantagens justificam um projeto de pesquisa que está sendo desenvolvendo por um grupo de pesquisadores e faz parte das ações da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e executado pela Emater/RS-Ascar”, comenta.