Por favor, Havan não é a salvação
Muita gente, além de lideranças políticas de nossa cidade, está depositando suas esperanças na possibilidade de vinda da Havan para resolver todos os problemas do comércio em Erechim. Acreditam que com a chegada da empresa catarinense nossa cidade vai mudar totalmente o conceito do comércio, que vai atrair muitos consumidores da região Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul, além de clientes do Alto Uruguai Catarinense.
Evidente que a Havan poderá acrescentar para o nosso comércio e com certeza vai inibir um pouco a ida de nossos consumidores a Chapecó e Passo Fundo, onde fazem suas compras nos feriados e finais de semana, também deve atrair muitos clientes do Alto Uruguai gaúcho, mas de outras regiões, acredito que muito pouco ou quase nada.
São vários motivos para a Havan não atrair consumidores da região Nordeste, que abrange Maximiliano de Almeida e mais uma dezena de municípios, e do Alto Uruguai Catarinense. Os clientes da região da grande Concórdia dificilmente virão para nossa cidade para fazer compras na Havan, já que os mesmos podem se deslocar para Joaçaba ou Chapecó.
E os clientes da região nordeste, grande região de Maximiliano de Almeida e de Sananduva, será que vão preferir vir a Erechim, enfrentar uma estrada de chão batido, cheio de pedras, ou ir a Joaçaba e Passo Fundo, com uma rodovia asfaltada?
Como se vê, as dificuldades do nosso comércio vão além da vinda da Havan. Nosso maior problema é a falta de asfaltamento na única rodovia que liga o município a região que pode dar uma nova dinâmica ao setor lojista.
Por Egidio Lazzarotto