Pesquisa mostra que pessimismo aumenta e confiança cai entre empresários no Rio Grande do Sul

O ICEI-RS (Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho), divulgado nesta quinta-feira (18) pela Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), caiu de 51,6 pontos, em março, para 50,5, em abril. Resultado próximo da marca dos 50 que limita a presença da ausência de confiança e que, este mês, mostra-se muito baixa. O índice da pesquisa varia de zero a cem pontos.

Composto pelos Índices de Condições Atuais e de Expectativas – ambos considerando a economia brasileira e a própria empresa –, o ICEI-RS, com a redução e o baixo nível do otimismo atingidos em abril, reflete principalmente a piora nas avaliações já negativas dos empresários em relação à economia brasileira.

O Índice de Condições Atuais recuou de 45,7, em março, para 45,2, em abril. Revela que os empresários continuam a perceber deterioração nas condições atuais de seus negócios. A percepção negativa é particularmente intensa com as condições da economia brasileira, que recuou de 41,2 para 39,4 pontos no período. Em abril, 41% dos empresários gaúchos indicam piora na economia. Somente 5,5% percebem melhora, e o restante não vê alteração no cenário.

O Índice de Condições Atuais das Empresas variou de 48 para 48,1 pontos, e denota piora. Já o Índice de Expectativa, em abril, recuou 1,4 ponto em relação a março, para 53,2. Acima de 50, ainda revela otimismo dos empresários com os próximos seis meses, mas menor e menos disseminado do que em março.

A perspectiva positiva, porém, se restringe ao futuro da própria empresa, cujo Índice de Expectativas registrou 57,7 pontos este mês (contra 58,1 de março). É o componente que mantém a confiança da indústria gaúcha.

Já o pessimismo com a economia brasileira cresceu a 32,2% dos empresários (eram 25,5%, em março). O percentual de otimistas diminuiu de 18% para 13,7%. Com isso, o Índice de Expectativas da Economia Brasileira recuou de 47,6, no mês passado, para 44,2 pontos, em abril. Com 3,4 pontos a menos, foi a maior queda entre os componentes da confiança no mês.

O fator que diminui e coloca a confiança do industrial gaúcho em patamar praticamente nulo em abril, é a persistência do cenário de incerteza por conta das indefinições no campo fiscal, como o cumprimento das metas do Novo Arcabouço Fiscal, além da Reforma Tributária.

Ao se prolongar, esse quadro deteriora a percepção dos empresários com relação à economia. No âmbito estadual, a questão dos Incentivos fiscais de ICMS também é motivo de preocupação para os empresários gaúchos.

Segundo a Fiergs, a queda geral dos índices em abril, sobretudo os de expectativas, refletem a perspectiva de baixo dinamismo para a atividade do setor nos próximos meses, especialmente para investimentos que, diante de muita incerteza, tendem a ser postergados.

Fonte: O Sul

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