Irmã Maria Aparecida Barboza, do Conselho Geral das Irmãs do Imaculado Coração de Maria de Porto Alegre, com mestrado em Teologia Bíblica e doutorando em Teologia, assessorou curso sobre Iniciação à Vida Cristã (IVC), nesta quinta-feira, 15, na sala Dom Cláudio do Seminário N. Sra. de Fátima, com a participação de 34 padres, 54 leigos e duas religiosas,
No início e no final do curso, o Bispo diocesano, Dom Adimir Antonio Mazali, destacou a importância da catequese e da liturgia. Uma Paróquia pode não ter uma ou mais pastorais, mas não pode ficar sem Iniciação à Vida Cristã permanente e liturgia. Enfatizou o cultivo do ser, do viver e do fazer. Exortou a retomar o caminho dos discípulos de Emaús. Citou Mahatma Gandhi em sua manifestação: eu seria cristão se os cristãos o fossem 24 horas por dia. Recordou que o crescimento vivencial do presbítero exige espiritualidade, conhecimento, leituras… A propósito questionou: os documentos da Igreja são lidos, estudados? Referiu-se também à passagem do Evangelho do final de São Mateus, do envio dos Apóstolos em missão, lida no início e no final do curso: não tenhais medo. Nas dificuldades, colocar tudo nas mãos de Cristo, como “peregrinos da esperança”, lema do Jubileu de 2025, traçado pelo Papa Francisco.
Pe. José Carlos Sala, Reitor do Seminário e do Santuário Diocesano de Fátima, além de manifestar a alegria da casa em acolher a todos e de agradecer pela colaboração com a mesma, comunicou encontro de formação em canto litúrgico e música em formato virtual no dia primeiro de julho, às 14h.
No final do evento, Luana Cecconello, da Paróquia Santa Teresinha de Estação, motivada pela coordenadora diocesana, Tânia Madalosso, em nome de todos os participantes, agradeceu à assessora e lhe entregou um brinde.
Concluindo o encontro, Pe. Jair Carlesso, Pároco da Paróquia N. Sra. Aparecida, Bela Vista, Erechim, sugeriu ao grupo levar três interrogações: O que o estudo do dia nos ajuda a ver melhor? O que nos ajuda a viver mais intensamente? O que nos ajuda a anunciar mais convictamente?
Tânia e Ir. Maria Aparecida motivaram oração final com leitura do evangelho de São Mateus, o envio dos apóstolos em missão, símbolo da luz e canto. Pe. Jair invocou a bênção conclusiva.
Aspectos abordados pela assessora
Um primeiro ponto proposto pela Ir. Maria Aparecida foi o desafio da metodologia catequética. Há conteúdos profundos, subsídios atualizados, estrutura adequada, mas sem a devida e correspondente metodologia. Depois destacou a importância da catequese batismal. Indicou diversas fontes de fundamentação – documentos do Concílio Vaticano II, Documento de Aparecida, Documentos da CNBB sobre catequese e Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. Insistiu que a catequese é de responsabilidade de todos e deve formar discípulos numa comunidade missionária, integrante de uma rede de comunidades. Uma catequese contagiante atrai toda a família e renova a comunidade. Acentuou a Iniciação à Vida Cristã de inspiração catecumenal que ajude a conhecer mais as verdades da fé e a vivê-las em maior profundidade. Deve-se também passar de uma pastoral de conservação para uma pastoral decididamente missionária.
Ir. Maria Aparecida Barboza
Nasceu no dia 30 de março de 1965, em Iporã, PR. Cursou Filosofia e Teologia na Faculdade N. Sra. da Assunção em São Paulo. Tem mestrado em Teologia Bíblica e está fazendo doutorado em Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em Porto Alegre. Fez os primeiros votos em janeiro de 1994 em Gravataí, RS. Atualmente integra o Conselho Geral da Congregação para a animação missionária. É coordenadora da Iniciação à Vida Cristã na Arquidiocese de Porto Alegre e membro do Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética da CNBB. Assessora diocese e congregações religiosas em animação bíblica, teologia pastoral e catequese.