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Padre Zucco é velado e sepultado em Erval Grande

Depois de ter sido velado na igreja N. Sra. do Monte Claro, com missa às 08h30 desta quinta-feira, 15, o corpo do Pe. Gabriel Zucco foi levado para a igreja N. Sra. da Glória de Erval Grande, para onde a família havia se transferido de Chapadão, Paulo Bento, em 1960, quando ele tinha 5 anos. Depois de momentos de oração, animados por equipes locais, sob a coordenação do Pároco, Pe. Moacir Noskoski, às 15h30, Dom José iniciou a missa de corpo presente, concelebrada por Dom Girônimo e 20 padres, com a participação de 5 diáconos, os 4 irmãos e familiares do Pe. Gabriel e membros das comunidades da Paróquia e de outras na quais ele foi Pároco ou Vigário Paroquial.

Na homilia, Dom José recordou que daquela localidade, o jovem Gabriel partiu para o Seminário, respondendo ao chamado de Deus. Voltava frequentemente para o aconchego do lar, o abraço da mãe, do pai e o convívio com os irmãos. Ontem, ele partiu para o abraço eterno de Deus Pai, depois de 33 anos de ministério presbiteral, no qual ajudou muitas pessoas, não só pela pregação da palavra e a celebração dos sacramentos, mas também pela caridade misericordiosa com os que precisavam de conforto na dor e no sofrimento. Acolheu os aflitos, sabendo consolar. Foi sacerdote, irmão, guia e amigo na dor e na alegria junto ao povo. Seguindo o Mestre, que convida a carregar a cruz de cada dia, foi solidário com os irmãos e irmãs na tristeza e na alegria, defendendo a vida, apontando o caminho da Ressurreição. O Senhor que ele e nós anunciamos é o Senhor da vida que acompanha cada passo dos seus filhos e filhas. Ele caminha conosco como caminhou com seu povo da terra da escravidão para a da liberdade, garantindo-lhe a água da rocha e o pão do céu. Ressaltou que Pe. Gabriel deixa seu testemunho do bem realizado que fica no coração de todos e que ele apresentará diante de Deus. Recordou que todos somos peregrinos por este mundo, sem saber a duração da própria vida. Observou que na véspera, no início da quaresma, caminhada de preparação para a Páscoa, Pe. Gabriel celebrou a Páscoa eterna. Antecipou a celebração pascal. O Bispo frisou que a família presbiteral da Diocese agradece a Deus por ele ter colocado sua vida a serviço dos irmãos e irmãs. Desejou que N. Sra. da Glória, de quem foi muito devoto, o acolha junto de seu Filho para participar da glória eterna junto do Pai.

Antes da última encomendação, Pe. Moacir manifestou sua solidariedade e a da paróquia aos familiares do Pe. Gabriel. Agradeceu a presença dos padres, diáconos, dos paroquianos e dos membros das diversas comunidades onde ele exerceu o ministério presbiteral. Convidou para a missa de sétimo dia, às 19h30 do dia 21.

Pe. Cleocir Bonetti, Vigário Geral da Diocese, falou pela Pastoral Presbiteral. Recordou que na véspera, quarta-feira de cinzas, a Igreja lembrava que somos pó e ao pó retornamos. Voltamos à terra, mas não ficamos nela, ressuscitaremos para a Páscoa eterna, que o Pe. Gabriel celebrou ontem. Citou Santo Agostinho que exalta a grandeza do sacerdote, observando que Deus considera dignos de confiança seres humanos frágeis e lhes concede o ministério ordenado. Recordou que, em 2009, em Paulo Bento, fez a homilia no jubileu de prata do Pe. Gabriel. Nela citou depoimentos de coirmãos a respeito dele. Um dizia que aprendera muito com ele e que se precisasse de algo emprestado pediria ao Pe. Gabriel porque se sentiria feliz em ajudar. E este era o Pe. Claudino Talaska, a quem agradeceu muito pelo testemunho edificante de solicitude com o Pe. Zucco na enfermidade que marcará a todos para sempre. Expressou gratidão também a Dom José, aos familiares do Pe. Gabriel, à sua servidora, Maria, muito próxima dele nesses dias, ao Pe. Moacir, ao povo de Áurea, a todos os que estiveram em comunhão na oração. Concluiu dizendo que o corpo do Pe. Gabriel seria plantado em Erval Grande, terra que gerou padres, na esperança da ressurreição e no desejo de que Deus conceda mais vocações sacerdotais para a Diocese.

Dom José lembrou os 20 dias de silêncio do Pe. Gabriel, que provocaram questionamentos e tornaram a família presbiteral mais unida. Expressou agradecimentos ao Pe. Claudino Talaska, filho de Erval Grande, ajudando o irmão no ministério, também filho daquela paroquia; ao Pe. Bonetti, às pessoas que doaram sangue ao Pe. Gabriel; ao Pe. Moacir que motivou a comunidade à oração por ele; à servidora Maria, enfim a todos os que estavam unidos na paixão e na compaixão com o irmão que estava sofrendo. Desejou que a graça divina faça brotar muitas vocações para o sacerdócio, para a vida consagrada e de leigos e leigas engajados na Igreja e na sociedade.

Concluída a encomendação final, os padres e os familiares conduziram o corpo do Pe. Gabriel até o carro fúnebre. Dom José, os padres Bonetti, Talaska, Moacir e Antonio Valentini seguiram até o cemitério, onde o Bispo fez a bênção do túmulo.

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