Há 60 dias o acolhedor padre Valter Girelli, deixou o município de Erechim e passou a realizar sua caminhada religiosa junto ao município de Campinas do Sul. Sendo assim, as novenas que eram realizadas em honra a Nossa Senhora Desatadora dos Nós no Seminário de Fátima, deixaram de acontecer. A pedido de tantos fiéis, a novena passará a ser realizada junto ao Capitel, próximo ao primeiro Calgarotto, cerca de 300 metros da RS 211. “Eu comprei uma chácara, construiu um capitel e depois vou doar para a mitra, então aquele local é nosso. Fiz ele como fruto de uma devoção minha e de tantas outras pessoas por Nossa Senhora Desatadora dos Nós”, relatou Girelli.
Ele ainda contou que o capitel ficou muito bonito, “colocamos no local um chafariz e no topo do mesmo uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes. Quem desejar conhecer vai gostar, pois é um espaço de espiritualidade”, disse.
Junto ao Capitel, Girelli realizará uma novena mensal até dezembro, um dia por mês serão celebradas duas missas. “Vamos iniciar no dia 21 que é feriado, com missa às 14h e as 18h. Mês a mês, vou divulgar o dia e horários das novenas ao ar livre. Caso chover, temos um galpão do Pauline que fica próximo”.
O padre também já se prepara para realização da primeira Romaria da Nossa Senhora Desatadora dos Nós, no dia 14 de agosto, um domingo. “Penso que será algo extraordinário, afinal motivações não nos faltam para promover essas atividades. Vamos organizar uma procissão, já estamos conversando com a polícia rodoviária”, contou.
De mala, cuia e com o Belo
O padre Valter Girelli foi de mala, cuia e com o Belo (seu gato) para Campinas do Sul. Depois de 14 anos de trabalho junto ao seminário de Fátima, o padre relatou que foi difícil inicialmente. “Foi difícil emocionalmente e psicologicamente, mas quando aceitei ir para Campinas fiz um trabalho de aceitação e fui com muita alegria. O Belo, meu gato, sofreu muito, entrou até em depressão, mas se recuperou. Sem contar que eu não imaginava que o Belo era tão popular, as crianças são apaixonadas por ele”.
Girelli disse ter se “entreverado” rapidamente com a comunidade de Campinas e tem a sensação de estar no município há mais de um ano. “Tenho participado festas, bodas, casamentos, batizados, visita aos doentes e até nas bodegas convidando para as missas. Já joguei baralho, bocha e fui pescar. Uma receptividade extraordinária de Campinas e Cruzaltense. Também, já visitamos 150 famílias que tem idosos ou doentes que já não podem mais ir na igreja”, finalizou.