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Opinião: Mais uma vez estamos seguindo a cartilha para não eleger nenhum deputado

Estamos a menos de um ano das eleições de 2022. Neste momento começam a pipocar os nomes dos candidatos de Erechim para disputar vagas para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Os votos que são limitados se dividem com a surgimento de vários nomes e alguns deles voltados mais para projetos pessoais do que coletivos. Além disso temos os candidatos forasteiros que muitas vezes chegam de mãos dadas com políticos do município e abocanham parte dos votos em troca de benesses particulares.

Nesta semana, um empresário Erechinense visitou a Rádio Cultura e fez uma leitura bastante interessante do atual cenário político. Ele falou das possibilidades dos pré-candidatos do município e dentro de sua avaliação pontuou sobre a falta de identidade do Deputado Paparico Bacchi com Erechim, apesar dele ter domicílio eleitoral e estar morando na cidade. Para o empresário, é difícil apontar o que mais poderia ser feito para que Paparico fosse visto como candidato de Erechim. Ele afirmou ainda que a capital da amizade corre o risco de não eleger ninguém e ainda inviabilizar a eleição do único nome que Erechim dispõe com mandato.

A opinião da liderança empresarial não deve ser ignorada, porque faz sentido e está de acordo com a realidade. Prevendo que isso possa acontecer, cabe o alerta de que Erechim ficaria mais quatro anos lamentando sua falta de representatividade, fato que tem custado muito caro a toda região do Alto Uruguai.

O ideal para a região garantir seus representantes legítimos seria a união em torno de um nome com viabilidade eleitoral, porém sabemos que a ideia é utópica. Jamais veremos um grupo de emedebistas fazendo campanha para um tucano por exemplo e o contrário também é verdadeiro e isso vale para outras siglas.

Vale lembrar que o último deputado federal eleito por Erechim foi Waldomiro Fioravante. O último representante nativo da Capital da Amizade na Assembleia Legislativa foi Antonio Dexheimer e ao que parece, mais uma vez estamos seguindo a cartilha para não eleger nenhum representante local.

Por isso vale a pergunta: na política um passarinho na mão também vale mais do que dois voando?

 

 

*Leandro Vesoloski
Jornalista e Radialista, membro da bancada do Estúdio Boa Vista e responsável pela editoria de segurança pública

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