Operador de áudio afirma que cortou som dos microfones do palco no início do incêndio na boate Kiss

A terça-feira no Foro Central de Porto Alegre iniciou com o depoimento de Venâncio da Silva Anschau, testemunha indicada pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira. Ele foi operador de áudio do grupo que tocava na Kiss quando ocorreu a tragédia.

Ele afirmou que era sabido por ele e pelas casas noturnas onde a banda tocava que eram utilizados artefatos pirotécnicos durante os shows. Emocionado, Anschau disse que bloqueou o microfone antes que alguém pudesse avisar sobre o incêndio. “Errei, mas desabilitei o áudio”.

Venâncio afirmou que não teve dificuldades para sair da boate. “Para mim foi fácil sair. Não demorou 20 segundos”. Ele ficou internado por cinco dias após a tragédia. Ele contou fez contato e chegou abraçar pelo menos dois pais de vítimas após a tragédia. Depoente diz que o Luciano, um dos acusados no processo, comprava os artefatos pirotécnicos usados pela banda.

 

Sobre Luciano Bonilha, o roadie da banda Gurizada Fandangueira, ele afirmou que era uma pessoa de iniciativa, mas dentro do grupo era um subordinado, que atuava como freelancer. Venâncio conta que Luciano comprava os artefatos pirotécnicos usados pela banda. Afirma que fez mais de 50 shows com a Gurizada Fandangueira, não sabe precisar quantos com uso de fogos.

Após quase três horas de oitiva, o depoimento de Venâncio da Silva Anschau foi encerrado.

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