A educação inclusiva é uma realidade legal, que requer comprometimento e práticas viáveis para incluir estudantes com deficiência nas salas regulares.
Desta forma, a Secretaria Municipal de Educação – SMEd, desenvolve diversas nações que primam pela real inclusão e inova com mais um projeto onde, por meio do Programa Castelinho, disponibilizou o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os alunos ouvintes na Escola Municipal de Ensino Fundamental Othelo Rosa.
No ano de 2018, a EMEF Othelo Rosa recebeu uma aluna com surdez, momento em que prontamente foi providenciado uma intérprete para acompanhá-la em sala de aula e, pensando na interação social e comunicação com os demais alunos da escola, iniciou-se o ensino de Libras para os alunos ouvintes.
As aulas acontecem semanalmente, do 1º ao 5º ano por duas profissionais, uma surda e uma ouvinte, com formação na área, com o objetivo de proporcionar aos alunos o contato com a Língua Brasileira de Sinais e com a cultura surda, integrando os alunos no ambiente escolar.
A docente Graziele Lucas enfatiza a importância desse projeto para a inclusão dos surdos nas escolas regulares: “Este é um projeto de extrema importância, não há inclusão apenas na aprendizagem dos conteúdos das disciplinas, a inclusão precisa acontecer em todos os momentos, na hora do recreio, no lanche, na conversa informal com os colegas. Não existe inclusão sem comunicação e interação social.”
A professora Eudézia Martins, que também é surda e trabalha na escola, reforça o impacto de projetos como estes para a comunidade surda: “É muito importante para um surdo encontrar alguém e conseguir se comunicar em Libras na sociedade, em vários locais, como loja, hospital, receber alguma informação ou ajuda na rua. Esse projeto ajuda a despertar o desejo e interesse nas crianças desde cedo. É preciso estender este ensino de Libras para as outras escolas também para que no futuro tenhamos uma sociedade mais igualitária e menos exclusiva”.
No decorrer deste ano aconteceram diversas atividades como apresentações de músicas em Libras, mostra de conhecimentos e feiras em que os estudantes tiveram a oportunidade de demostrar o que aprenderam, oportunidade em que se pode observar o entusiasmo das crianças ao aprenderem a Língua Brasileira de Sinais.
Segundo a Coordenadora da Educação Inclusiva da SMEd, professora Marilene Pizarro: “a secretaria busca proporcionar condições de igualdade, respeito e reconhecimento da Libras como Língua oficial da comunidade surda. “Que ações como estas, de acolhimento e inclusão ao estudante e família, com atendimento de qualidade, contribuem para a interação em sociedade de todos, em especial ao surdo”
A secretária municipal de Educação, professora Vanir Clara Bernardi Bombardelli diz que “na gestão atual busca-se garantir o acesso e permanência de estudantes deficientes no ensino regular, dando atenção especial ao ambiente escolar, que deve estar preparado para atender as particularidades de cada um, primando pelo desenvolvimento integral, não só no aspecto físico, mas também no social e escolar. No que se refere a este projeto de ensino da Língua de Libras em nossas escolas, através do Programa Castelinho, vejo como um avanço na democratização da inclusão, um caminho para melhorar a educação e a sociedade”