Com o objetivo de contribuir no processo de implementação do Novo Ensino Médio, na área de Ciências da Natureza, o Curso de Ciências Biológicas da URI, em parceria com o CAPA (Centro de Apoio e Promoção à Agroecologia), desenvolveu na quarta-feira, 7, atividades com os estudantes do 1º ao 3º ano da Escola de Educação Básica Aratiba. A Escola é um dos 10 educandários de abrangência da 15ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação), que estão participando de um projeto-piloto de implementação do Novo Ensino Médio na região.
A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
Os itinerários formativos são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras situações de trabalho, que os estudantes poderão escolher. Com isso, eles podem se aprofundar nos conhecimentos de uma área do conhecimento (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e também da Formação Técnica e Profissional (FTP) ou mesmo nos conhecimentos de duas ou mais áreas e da FTP.
As atividades desenvolvidas com os estudantes do Ensino Médio de Aratiba priorizaram a temática Agroecologia, Saúde e Meio Ambiente. Conforme Hueliton Magnanti, estudante do Curso de Agronomia da URI e bolsista do Laboratório de Educação Ambiental no Projeto Ações para a Manutenção e o Fortalecimento do Núcleo de Agroecologia do Alto Uruguai Gaúcho (projeto financiado pelo CNPq), “o trabalho desenvolvido buscou contribuir para que os jovens do Ensino Médio refletissem sobre a importância da agroecologia na sustentabilidade econômica, ecológica e social das pequenas propriedades rurais. A agroecologia, além de utilizar práticas que conservem e preservem o solo, a água e a biodiversidade local, também promove uma relação solidária entre as pessoas e o meio ambiente”.
O trabalho foi realizado por meio de dez oficinas pedagógicas: plantas comestíveis não convencionais – PANC; compostagem doméstica: uma alternativa para a destinação de resíduos orgânicos; minhocultura; biofertilizantes; conservação de abelhas e outros polinizadores; bioinseticidas; alelopatia – plantas companheiras; araucária: o nosso pinheiro brasileiro; microrganismos eficientes; e uso sustentável da água na agricultura. Também foram realizadas atividades lúdicas e de integração.
Segundo Dienifer Calgarotto, estudante do Curso de Ciências Biológicas da URI e Residente Pedagógica (Capes), “o Novo Ensino Médio contribui para fortalecer o protagonismo juvenil na medida em que possibilita aos estudantes fazer escolhas em relação ao itinerário formativo no qual desejam aprofundar seus conhecimentos. E isso faz com que os jovens tenham um maior interesse e resultados de aprendizagem no espaço escolar”.