Na região, 24 municípios não arrecadam suficiente para pagar a máquina pública
Esta semana o jornal Estadão divulgou dados de levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), que mostram, “um em cada três municípios brasileiros não consegue gerar receita suficiente sequer para pagar o salário de prefeitos, vereadores e secretários. O problema atinge 1.872 cidades que dependem das transferências de Estados e da União para bancar o custo crescente da máquina pública”.
De acordo com os dados da Firjan, o Rio Grande do Sul tem a maior proporção de cidades que não conseguem gerar receita para bancar a máquina pública e 24 delas pertencem ao Alto Uruguai, além de outros nove existentes nas proximidades da área.
O levantamento mostra que, em média, a receita própria das cidades com população inferior a 20 mil habitantes é de 9,7% – ou seja, mais de 90% da receita vem de transferências públicas. Na média, os gastos com a máquina pública, que incluem funções administrativas e legislativas, consomem 21,3% do orçamento dos municípios com menos de 5 mil habitantes – equivalente à despesa com educação, cita a matéria publicada pelo jornal paulista.
Confira os municípios que aparecem na lista e quanto a receita de cada cobre da máquina pública (salário de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários)
Mariano Moro – 24,08%
Charrua – 25,5%
Cruzaltense – 26,35%
Faxinalzinho – 27,38%
Ponte Preta – 28,25%
Carlos Gomes – 28,95%
Ipiranga do Sul – 30,61%
Quatro Irmãos – 32,07%
Áurea – 33,68%
Floriano Peixoto – 34,57%
Paulo Bento – 35,67%
Centenário – 36,63%
Severiano de Almeida – 48,38%
Marcelino Ramos – 49,91%
Campinas do Sul – 50,93%
Barra do Rio Azul – 52,74%
Jacutinga – 54,71%
Itatiba do Sul – 58,05%
Erval Grande – 59,19%
Aratiba – 60,47%
Erebango – 61,14%
Viadutos – 72,23%
Barão de Cotegipe – 93,38%
Três Arroios – 99,36%
Municípios próximos
Gramado dos Loureiros – 23,77%
Maximiliano de Almeida – 28,53%
Cacique Doble – 35,61%
São José do Ouro – 39,85%
Paim Filho – 43,84%
Barracão – 47,65%
São João da Urtiga – 49,98%
Machadinho – 62,67%
Nonoai – 83,76%
Por Alan Dias