Memórias da Aldeia – Espada e enxada

Temos na verdade o Rio Grande do Sul das grandes fazendas, dos guardiões das fronteiras, das revoluções.

A metade Sul do estado é classificado como ‘O Rio Grande da Espada’. A gênese formação riograndense é eminentemente militar. A formação da cidade de Rio Grande se deu como um forte militar com o intuito de brecar os castelhanos e tentar quebrar o monopólio Espanhol no Prata.

Os primeiros fazendeiros sulinos chegavam a receber 5oo colônias. Para defendê-las, era necessário estar sempre vigilante, de arma em punho. Portanto, uma formação histórica e social, guerreira, por excelência.

De Porto alegre para o norte, temos uma formação histórica, com imigrantes açorianos, alemães, italianos e poloneses. Vingou a pequena propriedade policultura, com mão de obra basicamente familiar… Júlio de Castilhos, chamou a cidade de Caxias do Sul de Pérola das Colônias.

Temos uma cultura européia, uma vontade férrea de trabalhar, progredir, investir.

Nossos antepassados vieram para América escapando da fome e da miséria… Constitui-se na Metade Norte uma economia diversificada, tendo como unidade básica a família, calcada nos princípios básicos da doutrina positivista: ordem e progresso.

Em Erechim, na entrada da Av. Maurício Cardoso, vemos o Colonizador, com a enxada e com o dístico: Ao defrontares com esse símbolo, pensa naqueles que, alheios aos gozos mundanos só tem como glória o suor do seu esforço…

Por Enori Chiaparini

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