Medicina da URI realiza primeira edição do evento “Setembro Dourado”
O Curso de Medicina da URI realizou no dia 28 de setembro o evento “Setembro Dourado – Porque vidas valem ouro”, respondendo ao chamamento da presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a médica Luciana Rodrigues Silva que referiu-se sobre o tema dizendo que “o câncer infantojuvenil representa um problema de saúde pública pelo elevado índice de mortalidade, caso a doença não seja diagnosticada precocemente.”
Segundo ela, o câncer infantojuvenil é considerado uma patologia rara que apresenta características distintas, especialmente em relação à histopatologia e ao percurso clínico. Ele faz parte de um conjunto de doenças mais agressivas, com curtos períodos de latência e que se proliferam rapidamente. Entretanto, demonstra perspectivas de bom prognóstico, se houver um diagnóstico precoce com um tratamento rápido e eficaz, sendo que as chances de cura podem chegar de 70 a 80%.
Para tanto, ponderou ela, “é preciso ficar atento a certos sintomas que crianças e adolescentes podem apresentar, como palidez, dor óssea, hematomas ou sangramentos pelo corpo, caroços ou inchaços, especialmente se forem indolores e não acompanhados de febre ou outros sinais de infecção, perda de peso sem causa aparente, febre e sudorese noturna, tosse persistente ou falta de ar, alterações oculares (reflexo branco na pupila, estrabismo recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos), inchaço abdominal, dores de cabeça, especialmente se forem incomuns e contínuas, além de vômitos recorrentes pela manhã ou com piora durante o dia, dores nos membros e inchaços sem qualquer sinal de infecção ou trauma”.
De acordo com a estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) e do Ministério da Saúde, a leucemia é o tipo de câncer infantojuvenil mais frequente na maioria das populações (25% a 35%) e os linfomas correspondem ao segundo tipo mais comum nos países em desenvolvimento. Ainda há os tumores do sistema nervoso central que ocorrem principalmente em crianças menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos e os tumores embrionários (retinoblastoma, neuroblastoma, tumor de Wilms), responsáveis por cerca de 20% de todos os tumores infantojuvenis e quase nunca ocorrerão em outra faixa etária.
O evento contou com a participação do Professor Sergio Bigolin, coordenador do Curso de Medicina da URI e também do evento. A primeira atividade foi o Momento Cultural com as acadêmicas da Medicina Vivianne Amanda do Nascimento & Maria Isabelle Nakano Vieira, que apresentaram a música Alecrim Dourado (voz e violão). O ambiente expôs a pintura a óleo sobre tela “Sonhos Dourados”, uma releitura de Teresinha Zanin.
Na sequência ocorreu a Live – Conversando sobre o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, tendo como mediadora a médica hematologista Carolina Fusinato Molin e como palestrante o médico oncopediatra Pablo Santiago.