Irresponsabilidade no trânsito

                                                                             I

No mês de setembro tivemos em Erechim e no Alto Uruguai mais uma sequência de acidentes de trânsito com resultados trágicos. Digo ‘mais uma’, porque geralmente estes casos acontecem assim por aqui: após a ocorrência de um acidente grave, logo em seguida ocorrem outros, então param por um tempo. Nestas séries, de um lado do acidente geralmente vai estar um tipo específico de veículo e na próxima, muda. Já tivemos sequências envolvendo caminhões, motos e carros.

Dependendo dos veículos envolvidos em cada série, nas redes sociais, generalizamos, “estes caminhoneiros”, “estes motociclistas”, e assim por diante. Mas sabemos que não são todos, o real problema está no comportamento de alguns, e aí, tanto faz o que ele esteja conduzindo, vai se tornar uma arma. Quem observa por alguns minutos o trânsito ou está em meio a ele, sabe que ao mesmo tempo em que existem diversos condutores incrivelmente irresponsáveis, há também os responsáveis, e a grande questão é: como fazer com que os irresponsáveis tenham responsabilidade? Muitas vezes, nem o envolvimento destes em acidentes é suficiente para uma mudança de comportamento. Até o momento, muitas autoridades do setor acreditam que as multas é que conseguem alcançar os melhores resultados. Concordo.

 

                                                                    II

Enquanto este pessoal seguir ultrapassando em local proibido, bebendo e dirigindo, pisando fundo no acelerador, não parando em cruzamentos e rótulas, andando “grudado” na traseira do veículo da frente, desrespeitando o sinal vermelho, atravessando a rua na diagonal ou “saltando” na frente dos veículos, entre outras imprudências cometidas por condutores e pedestres, seguiremos tendo estas sequências de acidentes com finais trágicos. Obviamente, também teremos casos que fugirão ao controle até do condutor mais cuidadoso, mas a prudência é que conseguirá trazer uma real diminuição aos índices. E até que ela não chegue, seguiremos chorando ou nos chocando com as tragédias no trânsito.

E falando em furar o sinal vermelho, é grande a quantidade de denúncias sobre condutores ‘furando’ o semáforo na entrada do Distrito Industrial (isso quando ele está funcionando). A pressa nesta rodovia, até se justifica durante a noite, pois o local é escuro e a sensação de insegurança toma conta, mas os casos relatados estariam acontecendo durante o dia, e resultando em acidentes, alguns, bastante graves.

 

Por Alan Dias

 

 

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