O IPE Saúde anunciou nesta segunda-feira (27) o reajuste na tabela de valores repassados aos médicos por procedimentos. Foram contempladas 95 intervenções indicadas por 22 especialidades médicas vinculadas à Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).
Segundo o governo do Estado, a atualização terá impacto financeiro anual calculado em R$ 81,5 milhões.
Conforme o IPE Saúde, será feita análise técnica para definir o padrão de atualização dos valores de cada intervenção dentro do teto financeiro estabelecido, priorizando procedimentos mais prevalentes e valores mais defasados. A equipe multidisciplinar do IPE Saúde definiu um maior reajuste para procedimentos relacionados à natalidade e à valorização da vida – como o parto normal e a cesariana, que tiveram quase 200% de aumento.
A revisão dos valores era uma reivindicação de entidades médicas e dos profissionais credenciados no instituto. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcos Rovinski, considera que a nova tabela representa uma vitória para a categoria.
— Apesar de serem mais de mil procedimentos realizados pelos profissionais, em diferentes especialidades, temos ganhos significativos em áreas que se encontravam em um grande descompasso com a realidade e a responsabilidade profissional. Como, por exemplo, os partos, que agora passam de R$ 336,01 para R$ 1.001,09. Entretanto, é preciso deixar claro que vamos continuar negociando para que mais especialidades sejam beneficiadas – ressalta.
Rovinski explica que os valores vão ser analisados em conjunto pelo Simers, pelo Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers) e pela Associação Médica do RS (Amrigs). Após a avaliação, uma nova agenda será realizada com o IPE Saúde. Desde agosto, as três entidades que representam os médicos no Estado e a autarquia participam de agendas periódicas para promover os reajustes, dentro dos R$ 140 milhões anuais destinados pelo governo para majorar os serviços prestados.
O valor total inclui ainda os anúncios feitos pelo governo do Estado no último mês de outubro de cerca de R$ 41,5 milhões para a recomposição dos honorários de consultas médicas e aos R$ 17 milhões projetados no reajuste das visitas médicas hospitalares. Os reajustes ocorrem após a reestruturação do IPE Saúde proposta pelo Piratini e aprovada pela Assembleia Legislativa.
Por GZH
