Importação de ônibus elétricos e os impactos na produção nacional foi tema de debate na Câmara de Vereadores

A Câmara de Vereadores de Erechim foi palco na manhã desta terça-feira, 12, de uma reunião que teve como tema “Ônibus elétricos e o pedido de redução/isenção da Tarifa Externa Comum – TEC, e os impactos na indústria nacional”. A reunião de trabalho foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos. Participaram da discussão entidades representativas de classe como ACCIE, Unindustria, Sindicato dos Comerciários e outras pessoas interessadas no tema.

Falando ao vivo na Rádio Cultura o secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Loricardo de Oliveira, explicou que a proposta partiu de entidades e municípios  vinculadas a questão ambiental. “Essa proposta de importação de ônibus tem o intuito de modernizar a frota do Brasil através de uma importação de 3000 ônibus da China com 0% de alíquota para importação. Nesse sentido estamos conversando com as comunidades no Brasil onde tem empresas de ônibus como aqui. As importações terão impacto importante na produção nacional podendo criar novos desempregados brasileiros se não houver  um mínimo de critério”, afirmou.

Para Fabio Adamczuk, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Erechim, a entidade não é contra a pauta ambiental, mas ele acredita que deva se criar um processo transitório. “Nós enquanto sindicato estamos fazendo esse debate na defesa dos empregos.  Sabemos que quando há desemprego na indústria,  afeta a questão do comércio também então esse debate é nesse sentido”, explicou. Para ele é o momento de unificar o poder público municipal, entidades representativas da indústria e do comércio, as universidades e buscar desenvolver tecnologia para produzir a tecnologia necessária no país.

O prefeito Paulo Polis afirmou que o assunto vai muito além da questão ambiental e da proteção da indústria nacional. “A tecnologia nos ajuda e essa discussão vem em boa hora. A questão não é saber se ela vai vir ou não. A tecnologia está aí e quem não acompanhar, não se  adequar, está  fora”. Polis defendeu medidas que diminuam os custos para empresas do transporte coletivo. “Nós enquanto poder público não temos como aportar recursos todo ano para equilibrar isso”.

Polis disse que vai chegar um momento que algumas empresas vão começar a produzir ônibus elétricos e se não houver mão de obra local capacitada eles vão para outros lugares. “Temos que ver como é que faz pra equacionar, para ter redução do custo e proteção da indústria nacional”, concluiu o prefeito.

Foto: Leandro Vesoloski
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