Morre em Marcelino Ramos o Dr Wilmar Wilfrid Rübenich
Marcelino Ramos se despede de Wilmar Rübenich, não apenas um oftalmologista dedicado, mas também um historiador apaixonado que escolheu esta terra como sua. Mais do que cuidar das pessoas com atenção e profissionalismo, ele dedicou boa parte de sua vida a preservar a memória desta cidade, garantindo que suas histórias, personagens e momentos não se perdessem com o passar do tempo.
Wilmar não via apenas pacientes; via pessoas com histórias que mereciam ser contadas. Fora do consultório, seu olhar se voltava para documentos esquecidos, fotografias amareladas e relatos que, sem ele, talvez tivessem sido engolidos pelo silêncio do tempo. Com paciência e paixão, ele reuniu pedaços da história de Marcelino Ramos, costurando memórias e reconstruindo capítulos que estavam prestes a se apagar.
Quem o conheceu sabe que ele enxergava história em cada detalhe: nas calçadas antigas, nas águas do Rio Uruguai, nos rostos que carregavam marcas do tempo. Wilmar entendia que preservar a memória de uma cidade é também cuidar da sua alma, é manter vivo aquilo que a torna única.
Hoje, Marcelino Ramos perde mais do que um médico ou um historiador. Perde um amigo, um guardião das suas raízes, alguém que soube ouvir o passado para iluminar o presente. Mas, apesar da despedida, seu legado permanece. Está nas páginas que ele resgatou, nas imagens que ele preservou, nos detalhes que ele eternizou.
Enquanto houver alguém contando uma história desta cidade, enquanto uma criança aprender sobre o passado através de suas pesquisas, Wilmar continuará presente.
Marcelino Ramos agradece e se despede com respeito e gratidão. Obrigado, Wilmar Rübenich, por ter cuidado tão bem não apenas das pessoas, mas também do coração desta terra que agora guarda, com carinho, a sua memória.
Fonte: Portal de Marcelino Ramos