A aplicação de uma dose de reforço da vacina anticovid da Pfizer/BioNTech para pessoas acima de 70 anos que receberam a segunda dose há mais de seis meses vai beneficiar principalmente aqueles que tomaram Coronavac no início da campanha.
Segundo Renato Kfouri, membro da diretoria da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e da Câmara Técnica do PNI (Programa Nacional de Imunizações), cerca de 70% dos idosos elegíveis para a dose de reforço receberam Coronavac. Outros 30% tomaram Astrazeneca.
O médico afirma que a vacina estará disponível para “todos acima de 70 anos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses, independentemente da vacina que receberam”.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira, que o reforço começará a partir de 15 de setembro, inicialmente para maiores de 80 anos. Cerca de 4,6 milhões de idosos acima de 80 anos estarão liberados para o reforço, assim como 9,4 milhões entre 70 e 79 anos.
A pasta ainda autorizou a aplicação de uma terceira dose, também da Pfizer, em indivíduos imunocomprometidos, que poderão recebê-la 28 dias após a segunda dose de qualquer outro imunizante. “[Os imunocomprometidos] são grupos que respondem mal ao esquema de duas doses”, acrescenta Kfouri.
A escolha pela vacina da Pfizer se deu pela maior capacidade de proteção oferecida, acrescenta o médico. “É a vacina que, para essa população mais vulnerável, gera uma resposta imune melhor. Não há dúvidas que essas vacinas de RNA mensageiro têm um comportamento em termos de resposta imune muito superior a qualquer outra licenciada.”
Também foi levado em conta o fato de que a vacina da Pfizer é a que mais estará disponível nos país nas próximas semanas. O Ministério da Saúde prevê o recebimento de cerca de 53,2 milhões de doses deste imunizante até o fim de setembro.
Fonte: R7