AGER aperta fiscalização sobre a Aegea/Corsan devido a problemas no abastecimento de água em Erechim

A Agência Reguladora de Erechim (AGER) tem atuado de forma incisiva para garantir que a Aegea/Corsan cumpram as obrigações no abastecimento de água do município. Os problemas recorrentes, como rupturas de adutoras, falhas no bombeamento e demora nos reparos têm prejudicado a população, que sofre com a falta de água e com os transtornos causados pela má gestão do sistema. A autarquia aponta que a falta de investimentos em saneamento básico é a principal causa do agravamento da situação.

Histórico de multas e descumprimento

A Aegea/Corsan já foi multada pela AGER, no valor de R$ 160.000,00 devido a falhas no abastecimento e descumprimento de normas. A multa, no entanto, ainda não foi quitada pela empresa, o que demonstra uma postura negligente diante das obrigações assumidas com a população.

Fiscalizações recentes e problemas detectados

Há 20 dias, durante uma inspeção de rotina, a AGER identificou que o nível da barragem que abastece Erechim havia baixado significativamente, chegando a quase um metro abaixo do nível recomendado. Além disso, a transposição do Rio Cravo estava desligada, o que agravou a situação. A agência notificou a Aegea/Corsan, que, após a intervenção, religou o bombeamento de água.

Uma semana depois, em nova fiscalização, a AGER constatou que o bombeamento do Rio Campo também estava desligado. Novamente, a Aegea/Corsan foi notificada e o serviço foi restabelecido. “Esses episódios evidenciam a falta de manutenção e monitoramento adequados por parte da companhia, que impactam diretamente o abastecimento de água na cidade”, aponta o presidente interino, Edgar Radeski.

Demora nos consertos e problemas na infraestrutura

Além das falhas no abastecimento, a agência tem recebido diariamente inúmeras reclamações através da ouvidoria, com situações de falta de água, demora nos consertos de vazamentos e na reposição do pavimento das ruas. Em muitos casos, após o reparo de um vazamento, a empresa leva dias para repor as pedras nas vias públicas, deixando buracos e áreas irregulares que comprometem a segurança e a mobilidade urbana.

A AGER notificou a Aegea/Corsan para que todos os reparos sejam realizados de forma ágil e eficiente, garantindo que o pavimento seja restaurado conforme o material original (paralelepípedos) nas ruas onde o calçamento foi danificado. A medida visa evitar transtornos adicionais à população e preservar a infraestrutura urbana.

Durante fiscalizações de rotina, a AGER constatou que o local da barragem está sendo acessado para pesca e lazer. Essa situação configura um grave risco à segurança e à qualidade da água destinada ao abastecimento público, além de representar uma infração às normas de proteção de mananciais.

Diante disso, a AGER determinou que a Aegea/Corsan adote medidas imediatas para garantir a segurança, incluindo:

  • Instalação de cerca de proteção ao redor de toda a área da barragem, de modo a impedir o acesso não autorizado;
  • Reforço da vigilância no local, com a contratação de profissionais ou serviços especializados para monitoramento contínuo;
  • Sinalização clara sobre a proibição de acesso e os riscos associados ao uso indevido da área.

Cobrança sobre a tarifa social de água e esgoto

A AGER também tem cobrado da Aegea/Corsan a comprovação de como está sendo aplicada a lei da tarifa social, que garantem descontos na conta de água para famílias carentes. A agência reforça que a transparência no cumprimento dessas normas é essencial para garantir que as famílias mais necessitadas tenham acesso a um serviço essencial como o abastecimento de água.

Impacto para população

“Enquanto a Aegea/Corsan, que é privada, continua não fazendo nem o básico nos investimentos necessários e não cumprem as determinações da AGER, que regulamenta os serviços, e inúmeros pedidos da Prefeitura, a população de Erechim continuará sofrendo com a falta de água e os transtornos causados pela má gestão do sistema de abastecimento”, lamenta o prefeito Paulo Polis.

A AGER segue firme em sua fiscalização, cobrando transparência e eficiência nos serviços prestados, mas reforça que a responsabilidade final é da Aegea/Corsan, que deve honrar o compromisso com os cidadãos que pagam por um serviço de qualidade. A AGER continuará monitorando de perto a situação, cobrando soluções efetivas e o cumprimento das normas estabelecidas.

Por Ascom PME

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