
A Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Norte do Rio Grande do Sul (Hospinorte) realizou, na última terça-feira, dia 17 de junho, mais uma Reunião Ordinária, reunindo dirigentes e representantes de entidades associadas no auditório do Centro Clínico do Hospital de Caridade (CCHC), em Erechim. O encontro foi conduzido pelo presidente da Hospinorte, Márcio A. Pires, e teve como pautas principais assuntos gerais e a preparação da assembleia de prestação de contas referente ao exercício de 2024.
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL EM PAUTA
Um dos temas centrais da reunião foi a proposta de um novo modelo de capacitação para funcionários dos hospitais associados, com a possibilidade de 12 horas de treinamento distribuídas em três sábados consecutivos, com carga horária de 4 horas por encontro. A sugestão foi bem recebida pelos presentes, que destacaram a importância de qualificar os colaboradores sem comprometer a rotina hospitalar durante a semana.
DISCUSSÕES SOBRE CONTRATOS, OBRIGAÇÕES E REPASSES
O encontro também foi marcado por amplos debates sobre questões contratuais com o Estado, obrigações trabalhistas, taxas e repasses financeiros. Representantes das instituições manifestaram preocupações com dificuldades no cumprimento de metas estabelecidas em contratos com o governo estadual, especialmente relacionadas à ocupação de leitos e registros de AIH (Autorização de Internação Hospitalar).
Também foram abordadas as exigências para o credenciamento de novos leitos clínicos e de UTI, o que implicaria em alterações nos registros do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). Algumas instituições relataram entraves para disponibilizar leitos ociosos ao Estado, uma vez que seria necessário aumentar fisicamente a estrutura para atender às exigências técnicas.
EQUILÍBRIO FINANCEIRO EM DEBATE
Outros tópicos discutidos envolveram a gestão financeira das instituições, incluindo emendas parlamentares, percentuais de gratuidade, e a viabilidade do uso de energia solar e mercado livre de energia como forma de reduzir custos operacionais. Algumas entidades destacaram já ter migrado parte do consumo para o mercado livre, obtendo economia, enquanto outras ainda avaliam a viabilidade técnica e contratual para aderir à modalidade.
REFLEXÕES SOBRE REPRESENTATIVIDADE E DESAFIOS JURÍDICOS
A assembleia também tratou de questões envolvendo os sindicatos e os direitos dos trabalhadores, com críticas ao modelo atual de comunicação das entidades representativas e dúvidas sobre o desconto da contribuição assistencial. Os presentes sugeriram maior diálogo com o Ministério do Trabalho e destacaram a necessidade de atualização jurídica para lidar com as mudanças na legislação trabalhista.
ENCAMINHAMENTOS
Ao final do encontro, os participantes reforçaram a importância da unidade entre os hospitais associados, a busca conjunta por soluções viáveis diante das exigências legais e financeiras, e a qualificação constante das equipes como estratégia de fortalecimento do setor.
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Por: Maria Lúcia Carraro Smaniotto – CopyDesk Jornalismo & Maketing