Hospinorte debate desafios jurídicos e financeiros dos hospitais da região Norte do RS

A Hospinorte – Associação de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Norte do Estado do Rio Grande do Sul – realizou uma reunião na tarde de 13 de fevereiro, no Centro Clínico Hospital de Caridade (CCHC), em Erechim. O encontro, coordenado pelo presidente da entidade, Márcio Antunes Pires, teve como foco questões jurídicas que afetam as instituições de saúde da região, além da busca por soluções financeiras para os desafios enfrentados pelos hospitais.

A pauta incluiu a presença de representantes jurídicos de cada entidade associada, que debateram estratégias para fortalecer a posição dos hospitais em negociações e deliberações. Os participantes destacaram a preocupação com o passivo trabalhista acumulado das categorias vinculadas ao setor da saúde. Segundo os presentes, a situação pode gerar um impacto de milhões de reais para os hospitais da região.

Outro ponto levantado foi a dificuldade em negociar os reajustes de forma que não comprometam a sustentabilidade financeira das instituições. “Precisamos buscar um caminho que permita cumprir as obrigações legais sem comprometer a viabilidade dos hospitais”, afirmaram de forma unânime os presentes.

INTERMEDIAÇÃO E DIÁLOGO COM O GOVERNO

A necessidade de uma interlocução mais eficaz com a Federação dos Hospitais e com o governo estadual também foi enfatizada. A ideia é articular um movimento coletivo para sensibilizar as autoridades sobre a necessidade de apoio financeiro e de uma reavaliação das exigências legais, trabalhistas e sindicais. “Estamos lidando com um cenário onde o setor hospitalar está pressionado por aumentos de custos, enquanto os repasses do SUS e demais fontes de financiamento não acompanham essa elevação”, comentou um dos participantes.

PRÓXIMOS PASSOS

Ao final da reunião, ficou definido que a Hospinorte buscará um alinhamento entre os hospitais para fortalecer a posição da categoria em futuras negociações com sindicatos e órgãos governamentais.

A próxima etapa envolve uma nova rodada de discussões com assessores jurídicos e um possível contato com a Secretaria Estadual de Saúde e demais entidades representativas do setor hospitalar. “Se não nos unirmos para negociar, cada hospital acabará arcando sozinho com custos que podem ser insustentáveis”, concluiu um dos participantes.

O cenário permanece desafiador para os hospitais da região Norte do Rio Grande do Sul, mas a Hospinorte busca articulação e diálogo para minimizar os impactos e garantir a continuidade dos atendimentos à população.

Por: Maria Lucia Carraro Smaniotto – CopyDesk Jornalismo & Marketing

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