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Feira Medieval e motoristas sem noção

I

A Feira Medieval realizada no último domingo (19) em Erechim foi um dos eventos mais interessantes ocorridos no município nos últimos meses. Não necessariamente por ser melhor que os outros, mas por ser inédito, diferente daquilo que estamos acostumados. Conseguiu reunir famílias, pessoas de todas as idades e dos mais diferentes estilos em uma tarde de diversão, música, dança e conhecimento. Para se ter uma ideia, em determinado momento, músicos e dançarinos chamaram o público para o meio da praça e todos se uniram para juntos dançar algumas coreografias de eras passadas. E ninguém se envergonhou, não. Em poucos minutos estavam crianças, adultos, idosos, cosplays (representação de personagens a caráter), roqueiros, góticos, enfim, diferentes estilos e pessoas, todas de mãos dadas e arriscando alguns passos sincronizados em meio a muitas risadas.

 

II

Também houve oportunidade para que, quem quisesse, arriscasse atirar flechas em alvos de palha, lutar com escudo e espada contra oponentes amigáveis, conhecer um pouco da antiga cultura e provar hidromel, a bebida dos Vikings.

O que poderia ter atrapalhado o dia de diversão e conhecimento seria o sol, já que na Praça Prefeito Jayme Lago as áreas com sombra são escassas, mas nem o astro-rei quis incomodar e no meio da tarde se escondeu atrás de algumas nuvens.

Parabéns ao Sesc, a prefeitura de Erechim e ao Bando Celta e sua trupe por proporcionarem tão agradável evento dentro do 4º Agosto Cultural! Parabéns aos erechinenses pela participação alegre e descontraída! Que venham mais Feiras Medievais e semelhantes!

 

III

O único ponto negativo não envolveu a feira e nem aconteceu dentro da praça, mas sim ao redor. No final da festa, quando muitas pessoas estavam indo embora, alguns motoristas que saem para passear em seus veículos a uma velocidade de 20 km/h, mas não conseguem esperar alguém cruzar a faixa, por pouco não atrapalharam o espetáculo.

Como já é tradição, o entorno da Jayme Lago fica fechado para veículos aos domingos, então o pessoal segue pela Avenida Sete e depois contorna pela frente do Haidée ou pela frente do Corpo de Bombeiros, e no momento em que eu e algumas pessoas aguardávamos para cruzar a avenida, esquina com a Rua Goiás, um condutor parou à esquerda da pista para dar passagem, porém quando o pessoal foi, um apressadinho cortou a frente de todos pela direita. Este veículo passou, as pessoas precisaram parar subitamente e quando foram andar novamente um segundo carro também acelerou, parando já sobre a faixa e a centímetros da minha perna e de outros que estavam à minha frente. Olhei para o veículo e vi o condutor levando na carona uma mulher com um bebê no colo, todos sem cinto.

Aliás, nos passeios de finais de semana é comum vermos crianças de colo sendo levadas no banco dianteiro do carro, sem qualquer proteção. O assunto já foi tema de reportagens e vale lembrar que não é necessário que um veículo esteja em alta velocidade para que um acidente provoque ferimentos graves.

 

Por Alan Dias

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