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Falta de conscientização acaba com a diversão

Esta semana o colega Marcelo Santos, do Portal de Marcelino, publicou matéria mostrando a quantidade de lixo que começa se acumular em um local muito visitado por turistas e também pela comunidade de Marcelino Ramos: o Mirante no caminho para o balneário. Lá, conforme mostra a matéria, é possível encontrar esparramado pelo chão, garrafas de vidros, copos plásticos, cascos de cerveja, caixas de cigarros, tampas de garrafas, papeis e “outras coisinhas mais que o horário não nos permite publicar”, disse. E olhem que o local possui lixeiras. Se observar bem a área, se encontra até garrafa de cerveja em cima de árvore.
Na matéria, Marcelo lembra que a maioria do material leva dezenas de anos para se decompor na natureza e boa parte dele acaba parando dentro do lago, contaminando a água e prejudicando os peixes.
Feito o relato sobre o município vizinho, o fato é que o problema encontrado lá, também pode ser visto com frequência em Erechim. É comum vermos nas manhãs de domingo áreas que servem como pontos de encontro de amigos abarrotadas de lixo, seja nas praças, calçadas e canteiros nas proximidades do Viaduto Rubens Berta, seja no Distrito Industrial ou outros locais da cidade.

 

“Erechim não tem lugar para se divertir”

A falta de conscientização de muitas pessoas salta aos olhos. Constantemente nos deparamos com reclamações do tipo “Erechim não tem lugar para se divertir”, mas se não tendo, alguns grupos se esforçam para não preservá-los, imaginem se tivesse.
E não são somente os pontos de encontro que se transformam em lixão. Experimentem dar uma volta pelas proximidades dos rios que cortam a área urbana e rural do município, se encontra os mais variados tipos de detritos nas margens, árvores e entre as pedras no meio da água. Nem pequenos buracos que existem pelas calçadas escapam da ânsia deste pessoal em descartar o lixo de forma incorreta. Um exemplo está em um bueiro cuja tampa quebrou, na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua Carlos Miranda. Tem tanto lixo lá dentro que em breve vai chegar ao nível da calçada.
Depois nos deparamos com praças abandonadas, alagamentos em dias de chuva e outras tantas barbaridades e imediatamente culpamos as administrações por isso, mas será mesmo que a culpa é somente delas? Não temos responsabilidade nessa história? Não devemos participar da preservação e até mesmo denunciar quem não o faz?

 

Eu pago, então faço como quiser

Lembro de uma vez em que a cidade enfrentava sério racionamento de água e havia sido solicitado que a população parasse de lavar calçadas. Acabei me deparando com uma senhora abusando da água que jorrava farta de uma mangueira, enquanto esfregava com uma vassoura o passeio em frente a sua residência e perguntei:
– A senhora sabe que estão solicitando que não se lave calçadas até que chova e a barragem normalize?
– Sei, mas eu pago por essa água, assim, uso como quiser e gasto o quanto quiser – me respondeu.
Então, enquanto parte da população permanecer com este tipo de mentalidade, destruindo as áreas públicas apenas por achar divertido ou nos calarmos ao testemunharmos tais depredações, vamos permanecer presos a reclamações e frases do tipo “Erechim não tem lugar para se divertir”.

 

Por Alan Dias

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