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Estudante do São José cria video game com microcomputador

Vinícius Alexandre Lucas, de 12 anos, apresenta produto durante aula de português, chama a atenção de colegas e professores e projeta carreira de inventor

Durante aula de Português, as apresentações orais dos trabalhos dos estudantes da Turma 172 do Colégio Franciscano São José de Erechim, transcorriam normalmente. Vários assuntos interessantes haviam sido trazidos à discussão pelos alunos, a maioria na casa dos 12 anos.

No entanto, quando Vinícius Alexandre Lucas tomou a palavra, o que ele tinha a dizer e mostrar chamou a atenção dos colegas e da professora Cristiane Garcia. Devido à criatividade, originalidade e expressividade, Vinícius, com seus longos cabelos e sua mais recente invenção, recebeu aplausos de pé.

Mas, afinal, o que Vinícius apresentou à turma?

Nada mais nada menos do que uma espécie de vídeo game com múltiplos usos (entre eles, aparelho que funciona como SmartTV), construído pelo próprio estudante a partir de um RaspberryPi (computador do tamanho de um cartão de crédito).

Com ele, Vinícius conseguiu demonstrar jogos rodando desde os primeiros lançamentos do Atari até os mais pesados e potentes games de antigamente.

Esta, porém, foi mais uma de tantas ações inovadores do adolescente que sonha em ser inventor de produtos eletrônicos ou engenheiro da computação.

Os estímulos para seguir adiante na carreira vêm de casa, a partir do apoio da mãe, Alessandra, e dos conhecimentos do pai, Marcos André – que é infraestruturador de TI e professor de informática em universidades da região. Em relação à escola, tem preferência pela Robótica, que é oferecida pelo Colégio São José como atividade extracurricular, a qual tem atraído a atenção de muitos estudantes.

A ligação de Vinícius com a tecnologia vem desde os dois anos, e não para de crescer. Prova disso é que, aos 12 anos, ele já é convidado a dar palestras em outras instituições de ensino a fim de repassar seu conhecimento, projetos, ideias e conceitos.

Para o ano que vem, Vinícius pretende, além de automatizar todo o seu quarto fazendo uso da inteligência artificial, lançar um novo produto no mercado: o LOD, um computador que pode ser utilizado de modo portátil ou convencional, a partir da reciclagem-reaproveitamento de peças de notebooks.

Para a diretora do Colégio Franciscano São José, Silvana Arboit, estimular as competências e habilidades dos estudantes é uma das premissas fundamentais da instituição. ‘Temos nos deparado com estudantes dotados de incrível capacidade de argumentar, inventar, criar e produzir coisas novas, seja na aula de robótica ou em outras disciplinas. Ficamos felizes em poder estimular o desenvolvimento completo de nossas crianças, adolescentes e jovens’, analisa a diretora.

 

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